Petrobras aposta em mais competição com vendas de refinarias

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 24 de junho de 2019 às 05:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O futuro da Rlam A Petrobras aposta que a venda das suas oito refinarias vai representar um impacto positivo no mercado nacional de combustíveis. “Criando um mercado mais dinâmico, a gente espera que os futuros compradores invistam na ampliação de capacidade das refinarias existentes”, avalia Anelise Lara, Diretora de Refino, Gás e Energia da Petrobras. Ela visitou a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) no último dia 12. A ideia é que os investidores irão olhar com mais atenção características regionais que, por vezes, a Petrobras deixa de lado. Um exemplo do cenário pode ser percebido no caso da Rlam, que tem acesso ao óleo parafínico produzido nos campos de petróleo da Bahia. “Em alguns momentos a Rlam pode não estar em sua capacidade máxima porque a Petrobras analisa o seu mercado como um todo e pode optar por diminuir a produção naquele momento para aumentar em outro local, mas a Rlam tem um outro dono, esse dono vai fazer de tudo para melhorar a produção dela”, explica. 

Clima Em sua visita à Rlam, Anelise Lara diz que teve a oportunidade de conversar com grupos de trabalhadores e reconheceu que há um clima de apreensão quanto ao processo. Segundo ela, há preocupações quanto ao aproveitamento da força de trabalho por parte dos novos donos e também a “posicionamentos ideológicos”. “A Rlam é um grande ativo. É uma refinaria antiga, mas muito importante e que vai continuar a trazer riquezas para a Bahia”, acredita. 

Cenário As vendas de refinarias da Petrobras parecem um caminho irreversível. Três fatores diferentes favorecem o movimento neste sentido. O primeiro é a necessidade de fazer caixa da empresa, em curso desde 2016. Além disso, há uma demanda de órgãos de controle e da própria sociedade em relação à precificação dos combustíveis no país, e neste sentido a empresa ainda detém o monopólio  de fato, ainda que o país tenha feito uma abertura formal do mercado já há algumas décadas. Completa a equação o entendimento de que a autorização dada pelo Supremo para que estatais vendam suas subsidiárias sem a necessidade de autorização do Congresso vai facilitar os processos. 

Dividas aumentam A taxa de famílias endividadas em Salvador atingiu em maio 47,1%, terceira alta consecutiva, e agora são 434,8 mil famílias com algum tipo de dívida. Desde fevereiro, quando se iniciou o ciclo de aumento, 22,3 mil famílias entraram no grupo de endividados. Ainda de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC, da Fecomércio-BA, também houve aumento na taxa de inadimplência, de 15,8% em março, passando para 17% em abril e chegando em maio aos 17,4%. Ao todo, 160,2 mil famílias na capital baiana não conseguiram das conta de suas dívidas até a data de vencimento. O número de famílias que reconhecem não ter condições de pagar as dívidas em atraso foi de 45,9 mil em maio.  

Tipo de dívida A modalidade de cartão de crédito continua sendo a maior causa do endividamento das famílias em Salvador, com 89%.  O problema é agravado pelo aumento na taxa do rotativo, que cresceu 30 pontos percentuais em um ano, segundo o Banco Central, e atingiu em abril 278% ao ano. “Para quem sabe utilizar esta modalidade de pagamento, este pode ser um momento de oportunidade. E  para quem tem o descontrole financeiro pode ser um perigo a mais”, comenta Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-BA.

Cenário Para Guilherme Dietze, o que mais chama a atenção no resultado de maio é a deterioração das condições econômicas das famílias de Salvador. “O aumento do endividamento está associado a incapacidade de manter o nível de consumo somente com a renda mensal do salário. E com o desemprego elevado, há um risco potencial de que essas famílias não consigam pagar o compromisso, levando-as a inadimplência", analisa. "O quadro só não é mais dramático porque os bancos, ao observarem essa insegurança da capacidade de pagamento,  fecham a torneira do crédito, tornando o sistema mais seletivo”, diz.

Expansão. A clínica multiprofissional Center Cardio está em fase de expansão e acaba de inaugurar uma nova unidade na Paralela. Sob nova gestão, a empresa aumentou de cinco para onze o número de especialidades oferecidas. A expectativa é de que, com a nova unidade, o número mensal de atendimentos cresça de 1.100  para 3.000 no segundo semestre do ano.