PF identifica fraude de R$ 11 milhões na Previdência Social de Mascote

O esquema teria sido iniciado em 2008

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  • Da Redação

Publicado em 21 de março de 2018 às 07:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação PF

A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (21) operação de combate à fraudes na Previdência Social no município de Mascote, no Sul do estado. A PF, junto com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, cumprem dois mandados de busca e apreensão no prédio da prefeitura e em uma casa, localizada em Itabuna. O objetivo é desarticular um grupo criminoso que, desde 2008, vinha fraudando benefícios previdenciários nas cidades.

A Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda estima que a fraude já gerou um prejuízo de R$ 11,4 milhões. "As investigações foram iniciadas em meados de 2017 e permitiram constatar que funcionários da Prefeitura Municipal de Mascote inseriam vínculos empregatícios falsos, através de GFIP (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social), no intuito de criar tempo de serviço fictício e, com isso, obter benefícios previdenciários", afirmou a PF, em nota. 

A operação, batizada como Ventura (acontecimento favorável), em uma alusão ao principal investigado, servidor da Prefeitura Municipal de Mascote, que se favorecia do cargo para inserir os vínculos empregatícios fictícios de terceiros com a referida Prefeitura, visando a obtenção irregular dos benefícios.

O prefeito de Mascote, Arnaldo Lopes Costa (PRB), afirmou ao CORREIO que o servidor investigado chama-se João Nilton, e atualmente trabalha apenas como professor da rede municipal de ensino. Ainda segundo o chefe do executivo, a residência submetida à busca e apreensão seria do funcionário. "Ele fazia isso quando ocupava esses cargos em outras administrações. Na minha, não", explicou.

A operação conta com a participação de Policiais Federais da Delegacia de Ilhéus e de servidores da Representação da Coordenação de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de estelionato qualificado e inserção de dados falsos em sistema de informações. 

O CORREIO entrou em contato com as prefeituras de Itabuna e Mascote, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.