PF prende mais duas pessoas suspeitas de corrupção em prefeitura

Esquema superfaturava contratos, fraudava licitações e lavava dinheiro em Ibititá; ex-prefeito é um dos presos

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  • Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2022 às 16:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: divulgação

Mais duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção envolvendo a Prefeitura de Ibititá, no Centro-Norte da Bahia. A Polícia Federal informou que que os mandados de prisão temporária foram cumpridos, neste sábado (7), após os dois suspeitos se apresentaram na Superintendência da instituição, mas não forneceu mais detalhes. Também foi apreendida uma aeronave.

Os mandados de prisão foram decretados pela 2ª Vara Federal, em Salvador, e os presos não tiveram os nomes divulgados. Outras três pessoas já estão presas por suspeitas de participação no crime, uma delas é o ex-prefeito Cafu Barreto, que comandou Ibititá entre 2013 e 2020. A PF informou que elas passaram por audiência de custódia na tarde de sexta-feira (6) e tiveram as prisões mantidas pela Justiça Federal.

Batizada de Operação Rochedo, a investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos federais repassados ao município de Ibititá. Desde a quinta-feira (5), policiais federais e auditores da CGU estão cumprindo 31 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão temporária e dois mandados de afastamento de cargo público em sete municípios baianos: Irecê, Ibititá, João Dourado, Uibaí, Salvador, Lapão e Camaçari.

Segundo a investigação, a quadrilha era formada por empresários, agentes públicos, advogado, contadores e “laranjas” e desviou mais de R$ 7 milhões durante as gestões do ex-prefeito. Uma aeronave registrada em nome de empresa de Cafu Barreto foi apreendida. A PF frisou que as contas da Prefeitura Municipal de Ibititá/BA do exercício de 2020 foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). 

O ex-gestor foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e está cumprindo mandado de prisão temporária na sede da Polícia Federal, em Salvador. Todos os cinco suspeitos respondem por fraude a licitações, superfaturamento de contratos, desvio de recursos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.