PGR reforça necessidade de manutenção da prisão de Geddel

Decisão é sobre ocultação de R$ 51 milhões em apartamento em Salvador

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  • Yasmin Garrido

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 10:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Polícia Federal

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou nesta segunda-feira (20) contra a revogação da prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima. De acordo com a defesa do emedebista, a prisão deveria ser revista depois que a 10ª Vara Federal Federal de Brasília considerou o político inocente, no caso em que ele era investigado por obstrução de justiça. A decisão foi publicada nesta terça-feira (21).

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No entanto, Dodge argumentou que, recentemente, os cinco ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal reafirmaram a prisão de Geddel na ação penal que investiga a participação dele nos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso das malas de dinheiro encontradas em um apartamento, no bairro da Graça, em Salvador.

“Logo, uma decisão colegiada não pode ser reformada monocraticamente. A insurgência contra ela desafia via recursal própria e única, perante a Turma, que não pode ser burlada com mero exercício de direito de petição ao relator, sob pena de completa subversão da estrutura recursal competente”, disse a procuradora no documento.

Ainda na manifestação, Dodge menciona fatos que reforçam a necessidade de manutenção da prisão do ex-ministro. Um deles é o fato de ele descumprir determinações da prisão domiciliar, concedida em julho do ano passado, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e, ainda, de ter continuado a prática de delitos. “A prisão foi e é necessária por uma miríade de atos gravíssimos que colocaram em risco a ordem pública e aplicação da lei penal”, defende a PGR na peça. 

Geddel, o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe deles, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor do emedebista Job Ribeiro e Brandão e o empresário sócio da Cosbat Luiz Fernando Machado da Costa Filho são réus no Supremo Tribunal Federal pela ocultação de R$ 51 milhões. 

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier