‘Piscininha’ e churrasco no meio da rua em Salvador custaram R$ 1.800, diz feirante

No embalo de hit, vídeos de aniversário viralizaram; assista e entenda

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  • Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 20:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Acervo pessoal

O feirante Valter Marques (camisa preta), que fez aniversário em dezembro, com os amigos na piscina improvisada (Foto: Acervo pessoal) Apesar do nome, apontar um reservatório de água no Largo do Tanque, em Salvador, não é tarefa fácil. Mas, ao menos uma vez no ano, a missão vem sendo cumprida de forma tranquila desde que o feirante Valter Marques, 43 anos, resolveu comemorar seus aniversários colocando uma piscina no meio da rua por lá.

O ‘niver’ molhado, com direito a churrasco e bebida sem miséria, ante o orçamento de R$ 1.800, já ocorreu duas vezes, mas só agora as imagens da brincadeira viralizaram, no embalo do hit “Piscininha, amor”, do baiano Whadi Gama, de apenas 17 anos.“Uma gravação foi em 2017 e outra foi em 2018, no meu aniversário, que é dia 23 de dezembro. Acho que (os vídeos só ficaram famosos agora) por causa da música, sim. Eu não tinha divulgado no WhatsApp. Só tinha colocado no Face (Facebook)”, explica Valter, que mantém uma barraca, há mais de 30 anos, na frente de onde piscina foi instalada.Nos vídeos, ao som de outros sucessos populares, o feirante e os amigos assam carne e dão uns goles sem se importar com o movimento de pedestres e veículos próximo ao acesso para o bairro de São Caetano. 

Morador de Marechal Rondon, Valter conta que a piscina foi feita de improviso, e que mudou de estrutura na segunda edição, para dar mais conforto aos cerca de 30 convidados da folia em dezembro passado. “A piscina é minha. Toda de ferro. Eu que mandei o soldador fazer. Ele fez a armação de ferro e eu coloquei a lona. Na verdade, a primeira eu mesmo fiz de madeira. E a segunda eu mandei o soldador fazer. A água a gente comprou num carro-pipa”, comenta Valter.Orçamento Dos R$ 1.800 desembolsados para a festa, R$ 500 ficaram na piscina. “A água ficou em torno de 200 reais pro cara vir despejar aqui, pra mim, na quantidade que eu queria (cerca de 1000 litros). A armação, com lona, com tudo, ficou uns 300 reais”, explicou ele ao CORREIO.

Quando aos comes e bebes, os gastos foram mais expressivos – cerca de R$ 1.300 –, mas rolou a ajuda dos parentes, amigos e coligados. 

“Muitos chegaram, comeram e saíram, que tinham seus compromissos. Mas, na verdade, teve contribuição. Foram 30 convidados. Eu tirei uma parte do meu bolso e o resto a galera patrocinou”, comentou.

Falando em patrocínio, e considerando o sucesso que a brincadeira está fazendo, ele diz que planeja colocar a festa no calendário da cidade.“Tenho plano de transformar num evento maior. Na verdade, eu preciso de patrocinador”, diz, abrindo a possibilidade de levar o banho para a praça em frente.Pode isso? Mas vem cá, Valter, ninguém da prefeitura apareceu pra encher o saco ou tentar organizar o carnaval? “O evento foi apenas um dia (em 2017 e em 2018). Não passou (ninguém da prefeitura), não, porque era domingo de manhã. Então, não empatou o trânsito, nem nada”, justifica.

O CORREIO enviou perguntas à assessoria da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para saber se há algum tipo de problema na colocação da piscina, e a que tipos de sanções o feirante aniversariante estaria sujeito, mas não houve resposta até a publicação da reportagem.