Planalto monta gabinete de crise para acompanhar rompimento de barragem

Presidente usou sua conta oficial no Twitter para lamentar o rompimento de uma barragem

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 14:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Um gabinete de crise já foi montado no Palácio do Planalto para acompanhar todo o desenrolar da situação decorrente do rompimento da barragem da mineradora Vale na Mina Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Esse gabinete vai coordenar os esforços de todos os ministérios que estarão envolvidos na busca de soluções para o rompimento da barragem e redução de danos. O presidente Jair Bolsonaro está reunido em Brasília com vários ministros para determinar as primeiras ações e equipes técnicas serão deslocadas para a região. Não há decisão ainda se o presidente Bolsonaro irá para a região, já que ele chegou ao Brasil na madrugada desta sexta-feira, após participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Além disso, está previsto que Bolsonaro seja internado em São Paulo neste domingo para realização de cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, na segunda-feira.

O presidente usou sua conta oficial no Twitter para lamentar o rompimento de uma barragem. "Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG", escreveu o presidente, informando que determinou deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional (Gustavo Canuto), de Minas e Energia (Bento Albuquerque) e do secretario nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves.

Auxiliares diretos do presidente consideraram o episódio uma verdadeira "tragédia ambiental". Por determinação do presidente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, irá para Minas Gerais ver de perto o tamanho do estrago causado. O Planalto deverá divulgar uma nota sobre o rompimento.

Greenpeace O novo rompimento em barragem de mineração em Minas Gerais, desta vez em Brumadinho, é um retrato da insegurança à população causada pela atividade mineradora no País, criticou o Greenpeace. O coordenador de campanhas da ONG ambientalista, Nilo D'Avila, afirma que está acompanhando o acidente e mobilizando equipes, e que no momento possui poucas informações, mas já é capaz de ver semelhanças com a tragédia de Mariana, inclusive pelo envolvimento de uma mesma empresa, a Vale. "Está muito claro que não ficou lição alguma da tragédia de Mariana. É a mesma companhia, o mesmo tipo de acidente", afirmou D'Avila.  Na avaliação do porta-voz do Greenpeace, há de modo geral negligência por parte do poder público, especialmente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). "É sabido que há falhas na fiscalização. Na época de Mariana, falava-se que uma em cada três barragens deveria ter alguma intervenção."