PM de folga é preso após reagir a assalto e matar estudante em São Paulo

Jovem de 21 anos estava a caminho de curso quando foi atingida

Publicado em 12 de abril de 2022 às 15:25

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução/TV Globo

Um policial militar de folga reagiu a uma tentativa de assalto na noite da segunda-feira (11), no centro de São Paulo, matando uma estudante de 21 anos que passava na hora e foi baleada. Outra mulher também ficou ferida. 

Segundo o Uol, o suspeito da tentativa de roubo foi baleado nas nádegas e acabou preso. Ele estava com uma arma falsa.

O tenente Carlos Eduardo da Silva Filho, 24 anos, que reagiu ao assalto atirando, foi detido em flagrante. Ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e teve a arma recolhida.

O PM estava em uma moto quando foi abordado, por volta das 19h40, entre a avenida Rio Branco e a rua Vitória. Ele desceu e atirou três vezes na direção do suspeito, identificado como Daniel Ventura de Lima, de 19 anos.

Ingris Reis Santos, 21 anos, que caminhava a cerca de 40 metros, foi baleada no peito e morreu na rua. Uma outra jovem, de 22 anos, foi baleada no abdômen e foi atendida na Santa Casa de São Guiaianazes, de onde já foi liberada.

A Polícia Civil solicitou imagens de sete câmeras de vigilância das proximidades para ajudar na investigação. O PM de folga se recusou a prestar depoimento e responder às questões dos policias civis. "O indiciado não demonstrou qualquer tipo de remorso ou arrependimento", diz o boletim.

Uma fiança de R$ 10 mil foi determinada para que o PM responda em liberdade. A defesa dele não foi localizada para comentar. 

Jovem ia para curso Amigos lamentaram a morte de Ingrid nas redes sociais. A jovem estava indo para um curso noturna que frequentava em uma Etec quando foi baleada. Antes, ia passar no bar da família, que fica na região do crime, para buscar uma chave.

O bar da família ficou fechado nesta terça, com um aviso de "luto" na porta. "Bem sorridente, uma menina alegre que infelizmente foi vítima dessa burrada. Burrada de um cara que é policial, tirar a vida de uma menina tão alegre. É difícil", lamentou ao G1 SP a vendedora Ana Paula Araújo.

"Ela ficava só dentro de casa no trabalho ou no estudo. Eu jamais esperava uma coisa dessa. Morrer por bala perdida na frente de casa", disse o tio, João José dos Santos.