PM tenta negociar, mas ocupação do Odorico Tavares continua

Manifestantes entraram no colégio por volta das 14h30 em protesto contra o fechamento da unidade

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  • Gil Santos

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 20:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Betto Jr/CORREIO

A ocupação do Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, completou 9h de impasse. Os estudantes entraram o prédio por volta das 14h30, nesta terça-feira (21), e pedem  a suspensão do fechamento da escola. A negociação começou por volta das 19h30 quando o coronel Sturaro, negociador da Polícia Militar, chegou para conversar com os manifestantes.

Cerca de 10 minutos depois, três lideranças do movimento saíram do prédio acompanhados do coronel para conversar com uma advogada. Eles receberam do comandante a garantia de que, caso não chegassem a um acordo, poderiam retornar para a unidade escolar. Mais cedo, os militares impediram que outros manifestantes entrasse no colégio para se juntar ao grupo.

Até às 20h30 não havia acordo. O coronel sugeriu uma reunião entre os manifestantes e representantes do governo. Os estudantes recusaram. Pediram que uma comitiva composta pelas lideranças fosse até a reunião enquanto o restante do grupo permaneceria na escola. Foi a vez da PM recusar.

O estudante Tiago Ramos, 18 anos, aluno do Odorico disse que o impasse persistia."Não queremos sair daqui para uma possível reunião. Até hoje eles não quiseram negociar e só estão aqui agora porque ocupamos a escola e a imprensa está aqui. Precisamos de mais garantias", afirmou. Antes dele, o coronel Sturaro disse que o caminho era o diálogo. "São pessoas tranquilas e inteligentes que não querem envolvimento político nem partidário. É uma luta dos estudantes. Agora, não podemos permitir a ocupação de prédios públicos", disse.

A ocupação foi o principal assunto da tarde na Vitória. A movimentação de estudante e de policiais e viaturas nas imediações do colégio atraiu a atenção de curiosos. Uma arquibancada se formou do outro lado da rua, na calçada do Sol Victória Marina, enquanto o tumulto na frente da escola aumentava. 

O trânsito congestionou e em alguns momentos os ânimos se alteraram. Militantes de partidos de esquerda e de direita bateram boca, mas estudantes dentro da escola gritavam que o movimento não era partidário.