Polícia diz que tinha provas para prender Cristiano Ronaldo por estupro

Kathryn Mayorga alega ter sido violada por português em 2009; procurador rejeitou detenção do jogador

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 16:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paul Ellis/AFP

Cristiano Ronaldo podia ter ido para a cadeia por abuso sexual. Segundo o jornal The Sun, polícia responsável pela investigação acreditava ter provas suficientes para acusar e prender o jogador, mas a detenção teria sido impedida por um procurador distrital.

O jogador foi acusado de estupro pela modelo americana Kathryn Mayorga. O caso teria acontecido em um quarto de hotel em Las Vegas, em 2009. E, segundo documentos obtidos pelo The Sun, as autoridades locais teriam assinado um mandado de prisão para CR7.

Quem teria barrado a ação foi o procurador distrital do condado de Clark, Steve Wolfson. Ainda de acordo com o jornal, Wolfson era o único com autoridade para tomar esta decisão mas recusou sem apresentar "nenhuma explicação". 

"Ele não disse o motivo pelo qual decidiu recusar – e qualquer argumento é apenas especulação. Mas a polícia acreditava ter um caso para prosseguir por uma acusação de agressão sexual, e a promotoria decidiu não fazer isso", afirmou o advogado de Kathryn Mayorga, Leslie Mark Stovall. As alegações foram feitas no Tribunal Distrital dos EUA, no dia 21 de setembro do ano passado, mas só vieram a público agora.

Em julho de 2019, Wolfson disse que não existiam provas suficientes para provar que Cristiano Ronaldo tinha estuprado a modelo. O jogador, que hoje está no Manchester United, nega as acusações, e afirma que a relação sexual que teve com Kathryn Mayorga foi consensual.

No ano passado, um tribunal federal de Las Vegas recomendou o arquivamento do processo civil movido pela americana. O juiz federal Daniel Albregts, do estado de Nevada, considerou, na decisão, que os advogados da Mayorga se basearam em documentos vazados e roubados, além de comunicações privadas entre Cristiano Ronaldo e sua defesa. 

Vale lembrar que o processo criminal movido contra CR7 já tinha sido arquivado. O caso, porém, não chegou a ser julgado, já que ambas as partes chegaram a um acordo extrajudicial de pouco mais de 300 mil euros (R$ 1,9 milhão). 

Porém, em 2018,  Mayorga denunciou novamente o jogador nos Estados Unidos, garantindo que ela estava "mentalmente incapacitada" ao aceitar o acordo, e que o fez sob coação.

Segundo o jornal inglês The Mirror, Kathryn Mayorga exigia uma nova indenização de mais de 60 milhões de euros (cerca de R$ 420 milhões). A quantia seria a soma de 20,7 milhões de euros (R$ 134 milhões) pela "dor e sofrimento passados", mais 18 milhões (R$ 116 milhões) pela "dor e sofrimento futuros" e 18 milhões (R$ 116 milhões) por danos punitivos. A quantia ainda contaria ainda com os honorários dos advogados e as despesas jurídicas, que chegam a 2,8 milhões de euros (R$ 18 milhões).