Polícia pede prisão de quatro garis pela morte de economista na Pituba

Em depoimento, eles alegaram legítima defesa

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  • Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2018 às 21:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

A delegada Maria Selma, titular da 16ª Delegacia da Pituba, já pediu a prisão temporaria dos quatro funcinários da Revita, que prestam serviços de limpeza à Limpurb, pela morte do economista Luciano Rodrigues Vieira, 43 anos. Segundo a delegada, três deles se apresentaram espontaneamente, mas, inicialmente, apenas um havia confessado o crime.

Ainda de acordo com a delegada, um dos coletores apontou outros dois colegas e o motorista como o autores da agressão que terminou na morte de Luciano. Em depoimento na noite desta segunda-feira (11), eles alegaram legítima defesa. A Polícia Civil teve acesso às imagens de câmeras dos prédios da rua onde o crime aconteceu e conseguiu identificar a briga. Logo depois, os funcionários foram identificados. Os nomes deles não foram divulgados. [[saiba_mais]]

Em nota, a Limpurb informou que está auxiliando a polícia para facilitar o acesso junto à Revita, empresa responsável pela limpeza na região da Pituba, das informações necessárias para esclarecer o crime. Ainda na nota, a Limpur diz que a empresa não identificou nenhum registro de colisão com seus compactadores na noite do caso. "A Limpurb repudia qualquer tipo de violência e continua acompanhando o desdobramento do caso", conclui o informe.

A morte Luciano chegou no Hospital Geral do Estado (HGE) na madrugada de sábado (9), por volta de 2h15. Ele foi socorrido por uma ambulância do Samu após ser espancado na porta de casa na Rua Engenheiro Adhemar Fontes, na Pituba. De acordo com informações do posto policial da unidade, ele deu entrada no hospital com vida, apresentando lesões e traumas.

No domingo (10), ele teve morte cerebral confirmada. A família dele autorizou a doação do coração da vítima a um homem de 36 anos. A captação de órgãos foi feita durante a madrugada desta segunda-feira (11) no Hospital Ana Nery, no bairro da Caixa D'água. Segundo a assessoria do hospital, além do coração, córneas, rins, fígado foram captados para transplantes e aguardam a realização das cirurgias.

Esse foi o segundo de coração que aconteceu no estado desde 2015. Em março, o CORREIO denunciou que a Bahia tinha 15 pacientes aguardando transplante cardíaco, segundo a Central Estadual de Doação de Órgãos.