Polícia prorroga por mais 30 dias inquérito que apura ataque ao ônibus do Bahia

Suspeitos foram identificados, mas até o momento ninguém foi preso

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  • Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2022 às 19:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

A Polícia Civil decidiu prorrogar por mais 30 dias o inquérito que investiga o ataque ao ônibus do Bahia, ocorrido no dia 24 de fevereiro, na Avenida Bonocô. Essa é a segunda vez que as investigações são prorrogadas. A primeira aconteceu em março.  

O ônibus com a delegação do Bahia foi atacado por bombas quando o time chegava na Fonte Nova para o jogo contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste. O crime deixou o goleiro Danilo Fernandes e o lateral Matheus Bahia feridos. Um veículo que passava pelo local no momento do atentado também foi atingido. 

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos foram identificados como membros da torcida organizada Bamor. Entre eles está o presidente do grupo, Half Silva. O carro de Half foi utilizado na ação. O veículo passou por perícia que comprovou a existência de resíduos de explosivos. 

Half Silva, no entanto, alega que não participou da ação. Ele diz que no dia do crime estava em Feira de Santana acompanhando  jogo entre Coritiba e Bahia de Feira, pela Copa do Brasil. O carro, segundo Half, teria sido deixado na sede da Bamor e foi utilizado sem autorização. 

Apesar de ter identificado todos os suspeitos, ninguém foi preso até o momento. Cinco acusados chegaram a prestar depoimento e passaram por processo de acareação. De acordo com a delegada Francineide Moura, responsável pelas investigações, o crime vai ser enquadrado como tentativa de homicídio. 

No início de abril, a Bamor foi suspensa por seis meses. O grupo está impedido de entrar nos estádios com faixas e instrumentos musicais. A punição ocorreu após pedido da Polícia Militar ao Ministério Público. 

Ataque Câmeras de segurança flagraram o momento em que o ônibus com a delegação do Bahia foi alvo de bombas. Segundo a investigação, os suspeitos chegaram no local - na Avenida Bonocô -, por volta das 17h40 e permaneceram até 20h. 

A defesa dos suspeitos alega que eles estavam indo para um baba e decidiram recepcionar o ônibus do clube. A versão foi descartada pela Polícia Civil. 

"Eles começam a se reunir na sede da Bamor e depois vão para esse local sob a alegação de que iriam buscar um outro parceiro que iria participar de um baba, o que não tem nada a ver, ninguém vai ficar ali duas horas esperando. Não temos dúvidas nenhuma que foi premeditado, eles estavam ali esperando o ônibus do Bahia", afirma Francineide Moura.