Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Hugo Tormo Ferrara desapareceu na Chapada Diamantina no dia 20 de dezembro de 2015
Alexandre Lyrio
Publicado em 25 de maio de 2017 às 05:01
- Atualizado há um ano
A Polícia Civil de Seabra, na Chapada Diamantina, diz que fez o que estava a seu alcance para localizar Hugo Ferrara. Agora, resta apenas o resultado da perícia e do exame de DNA para que o inquérito seja encerrado. Depois de toda a investigação, inclusive com as informações do diário, a polícia está quase certa do caminho percorrido por Hugo até chegar na Chapada e o que aconteceu com ele depois de iniciar a trilha.
Primeiro, Hugo teria desembarcado em São Paulo. Depois, seguiu para a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. De Goiás, pegaria um ônibus ou uma carona até Seabra, de onde seguiria para o Parque Nacional da Chapada Diamantina pelo Capão. No dia 20 de dezembro de 2015, assinou um livro de guia, na localidade do Capão, município de Palmeiras, adentrando o Parque Nacional da Chapada Diamantina.
O objetivo dele era chegar à Lençóis pelo parque, onde um amigo finlandês o aguardava. Foi quando desapareceu. “Essa trilha existe e costuma ser cumprida por turistas. Quem é preparado consegue fazer sozinho. Hugo parecia uma pessoa preparada. Costumava fazer alpinismo e tinha equipamentos”, afirma o titular da delegacia de Seabra, Marcelo Matos Aguiar. (Foto: Reprodução)Com a comunicação e confirmação do desaparecimento, a polícia instaurou inquérito e acionou o Corpo de Bombeiros para iniciar as buscas. Sobre a demora na confirmação e início das operações, alegados pela família, o delegado disse que fez tudo o que estava ao alcance. “Tudo foi disponibilizado. Todos os meios técnicos foram utilizados”.
O delegado nega o fato de a própria mãe e a irmã do estrangeiro terem sido as responsáveis por descobrir o registro de Hugo no posto guia. “Não confirmo essa informação. Isso foi levantado no decorrer das investigações. Mas não vou entrar nesse mérito. Desaparecido é algo complicado”.
Por fim, o delegado não acredita que Hugo tenha se perdido. Suas condições físicas é que o levaram à morte. “Ele é uma pessoa dada a aventuras. A área que ele desapareceu é uma área remota, não é convencional para turistas. Não acredito que ele tenha se perdido. Acredito que, se não houvesse o acidente, chegaria ao destino”. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que não trabalha com prazos para a conclusão de exames de DNA e que ainda não sabe quais as condições das amostras coletadas.