Polícia vai investigar 'ato libidinoso' com menina em show de pagode

Caso foi em Muritiba, no interior da Bahia, e envolve menor de 13 anos

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  • Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 18:20

- Atualizado há um ano

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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) encaminhou um relatório para a Polícia Civil sobre um ato considerado libidinoso que ocorreu durante um show da banda de pagode O Cafetão em Muritiba, no Recôncavo baiano, no sábado (18), envolvendo uma adolescente de 13 anos. Um vídeo que circula em redes sociais mostra a garota no palco e um dançarino fazendo danças sugestivas com suas partes íntimas tocando a menina. O advogado da banda diz que nenhum dos integrantes foi informado sobre uma investigação até agora.

Segundo o MP-BA, a promotora de Justiça Juliana Lopes Ribeiro foi informada da situação pelo Conselho Tutelar de Muritiba. Orientou então o conselho, que ouviu na segunda (21) a mãe e a menina. O caso corre sob sigilo e, por isso, o MP não deu mais detalhes. O relatório do conselho foi encaminhado pelo MP-BA para a Polícia Civil, que deve investigar o caso. O CORREIO não conseguiu contato com a delegada de Muritiba. "Quando o inquérito estiver concluído será encaminhado para o MP, que adotará as providências legais", diz a nota do órgão.

O advogado Élcio Siqueira afirmou ao CORREIO que ainda não foi legalmente informado de nenhuma suspeita sobre seus clientes e soube pela imprensa das acusações. "Formalmente nem eu nem os meus clientes foram cientificados do fato", diz. Ele confirma que houve um show da banda em Muritiba no sábado. "Na realidade quem faz a listagem e averiguação da idade das pessoas que adentrarão o local é a casa (de shows). A banda não tem como saber. O show tem uma classificação", diz, sem saber precisar qual seria a idade para assistir à apresentação da banda. "O que aconteceu no palco não configura jamais, não houve o crime que estão veiculando, de estupro de vulnerável", afirma. Ele diz que a banda costuma chamar fãs para dançar no palco, mas que "não aconteceu nada fora do normal". "A gente estão à disposição da sociedade, da imprensa, dos órgãos de investigação para esclarecer tudo", acrescenta. O CORREIO não conseguiu localizar nenhum responsável pela casa de shows. 

O vocalista Juninho Loppez anunciou na segunda seu afastamento do grupo, mas segundo a assessoria da banda não há nenhuma relação com a denúncia de ato libidinoso. Na sua despedida, Juninho diz que decidiu sair, afirma que não houve nenhuma briga e não cita nada sobre o caso. "Optei pela minha saída para buscar novas conquistas e dar novos passos a minhca carreira". Apesar da despedida, ele cumpre agenda com a banda até 16 de setembro.

Leia na íntegra a nota divulgada pelo advogado da banda:

"Em virtude das notícias vinculadas nesta quarta-feira, dia 22 de agosto de 2018, a banda O Cafetão vem esclarecer que: Diante às informações envolvendo esta, noticiadas irresponsavelmente por alguns veículos de informações, sem que houvesse qualquer apuração quanto à sua veracidade, afirmo não condizerem com a realidade dos fatos. A valer, no dia 18 de agosto do corrente ano, ocorreu show na cidade de Muritiba/BA, sem qualquer intercorrência. Acresce ainda que o Ministério Público e/ou a Polícia Civil não intimou os integrantes da banda para prestar esclarecimentos acerca dos fatos em questão, e de logo, ficam à disposição para dirmir quaisquer dúvidas existentes".