Policiais militares mortos em serviço recebem homenagem nos Dendezeiros

Ao todo, 13 PMs foram vítimas de morte violenta este ano na Bahia

O corneteiro entoou um toque fúnebre e uma coroa de flores foi colocada em frente ao Monumento Vitória e Silêncio, uma escultura em reconhecimento aos policiais militares mortos em combate. Assim, ocorreu na manhã desta quinta-feira (1º), uma homenagem da Polícia Militar em memória aos PMs que morreram durante o cumprimento da missão. 

Neste ano, 13 policiais militares foram vítimas de mortes violentas, das quais quatro foram em serviço - cinco fora de serviço e quatro estavam na reserva. Os militares homenageados foram o sargento Françual Manoel Santos (morto no dia 3 de fevereiro em Eunápolis), o soldado Cristiano Ramos Pinto (em Camaçari, no dia 31 de março), o cabo Crenildo Freitas Macedo (dia 23 de agosto, na cidade de Itaberaba) e o soldado Victor dos Reis Pereira (assassinado no dia 12 de outubro, no município de Entre Rios). Cerimônia na Vila Militar homenageou os três policiais mortos em serviço este ano (Foto: Marina Silva/CORREIO) A cerimônia aconteceu  na Vila Militar do Bonfim, em Salvador. A solenidade tradicionalmente acontece na véspera do Dia de Finados, sexta-feira (2). A homenagem teve início por volta das 9h, com a chegada do comandante-geral da PM, coronel Anselmo Brandão. "Essa solenidade é muito importante. É um momento de gratidão aos nossos heróis no cumprimento do dever. Eles merecem muito mais", declarou o comandante-geral da PM. 

Em seguida, o Comitê Religioso da PM passou mensagens de conforto aos presentes - policiais e viúvas - através de seus representantes do catolicismo, espiritismo, evangélicos e de matriz africana.  

"Essa homenagem não é fácil. É o momento que a dor de cada uma de nós se torna mais latente. Mas é importante lembrar daqueles que já se foram em prol à sociedade", disse Maria da Paixão Pereira, 66, presidente da Associação dos Pensionistas e Aposentados dos Servidores Públicos do Estado da Bahia. O marido dela, o coronel Carlos Augutos Pereira morreu em 1989. 

A solenidade durou cerca de meia hora e contou com a participação do subsecretário da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ari Pereira.