Preço do etanol nas usinas cai 22%, mas nas bombas movimento é de alta

Por Donaldson Gomes

Publicado em 7 de maio de 2018 às 02:41

- Atualizado há um ano

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. por Arte CORREIO

Qual é a lógica? A resposta é sempre direta. Por que a gasolina aumentou? Os donos de postos dizem que a Petrobras, principal fabricante, aumentou. A Petrobras responde que está repassando as variações do mercado internacional. Ok. Mas, então, por que o preço do etanol aumentou? Entre a primeira semana de março e a primeira semana de maio, o litro do combustível nas usinas caiu 22% de acordo com o indicador semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq), principal centro de estudos sobre o etanol no Brasil. Quando se vê o preço do derivado da cana de açúcar nas bombas é difícil de acreditar, mas o custo médio do produto nas usinas caiu de R$ 1,8655 para R$ 1,4468. Este é o custo do produto sem levar em conta o frete, os tributos, a margem dos distribuidores e dos revendedores. O fato, incontestável, é que a oscilação de mercado que vale para a gasolina não está valendo para o etanol – que poderia surgir como o escape para o consumidor brasileiro neste momento de aperto. Qual é a lógica, neste caso?

Será esta? Entre a primeira e a última semana de abril, o preço médio cobrado pelas distribuidoras de etanol apresentou uma queda média de R$ 0,19 por litro, passando de R$ 3,053 para R$ 2,867, de acordo com dados divulgados pelo Levantamento de Preços apresentado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A queda foi de 6%. No mesmo período, apesar de uma leve redução no preço médio cobrado do consumidor – de R$ 3,381 para R$ 3,245 –, os postos de combustível de Salvador registraram uma elevação nas suas margens de 19%, passando de um ganho médio de R$ 0,32 por litro do produto, para R$ 0,37.

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Nada de lixo A unidade da Ambev no Polo de Camaçari atingiu o índice de 99,8% em reaproveitamento de sub-produtos, como plásticos e papelão, gerados durante a produção.  Nos últimos dez anos, a fabricante de bebidas dobrou o faturamento com a venda dos materiais, atingindo R$ 120 milhões só no ano passado.  O trabalho de reaproveitamento envolve mais de 140 empresas e gera mais de 1,5 mil empregos diretos. O bagaço do malte e o fermento residual, por exemplo, viram ração animal, enquanto a terra infusória que seria descartada é utilizada como matéria-prima na fabricação de tijolos. Outra modalidade de reaproveitamento é o lodo proveniente das estações de tratamento de efluentes, que se transforma em adubo orgânico.  "É fundamental ter um cuidado especial com o subproduto gerado por nossas operações, seja gerando energia com biomassa, seja gerando empregos para recicladores e demais parceiros”, afirma Filipe Barolo, gerente de Sustentabilidade da Cervejaria Ambev. Nos últimos cinco anos, a cervejaria destinou mais de R$ 150 milhões para projetos ambientais em suas cervejarias e demais unidades. Além disso, a empresa acaba de anunciar o estabelecimento de novas metas socioambientais para serem atingidas até 2025. 

Saldo positivo Em abril, a Bahia registrou um saldo positivo de US$ 7,4 milhões na balança comercial. Foram exportados o equivalente a US$ 612 milhões, o que representou uma queda de 12,1% na comparação com março, mas se mantiveram estáveis na comparação com abril do ano passado. O volume de importações, por outro lado, cresceu novamente a uma taxa de dois dígitos. Após uma alta de 38,66% em março, as compras baianas cresceram 21,6% em abril, fechando o mês com um total de R$ 605 milhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 41%, influenciada, sobretudo pela nafta para a indústria petroquímica. No acumulado deste ano, a Bahia tem um saldo positivo na balança comercial, de US$ 411 milhões, revertendo um prejuízo de US$ 104 milhões no mesmo período do ano passado. A liderança da pauta de exportações segue com as indústrias de papel e celulose, que respondem por quase 18% das negociações.

No Horizonte Virtual Educa. O Banco Mundial vai lançar em Salvador o programa Think Blue, que visa estabelecer um marco sobre a economia do mar e sua cadeia produtiva, durante a 19ª edição do Encontro Internacional Virtual Educa, de 4 a 8 de junho, no Iceia. A programação oficial será apresentada hoje às 15h na Governadoria, CAB.