Prefeitura abre processo para investigar manifestação de micro-ônibus

Foram sete horas de protesto e trânsito bloqueado; permissões para serviço podem ser cassadas

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  • Da Redação

Publicado em 26 de março de 2018 às 12:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Sete horas após início do protesto que interrompeu desde 6h o fluxo de veículos na avenida ACM, na região do Iguatemi, o prefeito ACM Neto determinou à Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) que abra processo administrativo para apurar a  responsabilidade de representantes do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec) na manifestação que paralisou parte do trânsito da cidade nesta segunda-feira (26).

A depender desse processo administrativo, a Prefeitura pode, inclusive, efetuar a cassação de permissões e intervir no Stec. A manifestação só terminou perto de 13h.

Os rodoviários bloquearam quatro das cinco pistas da Avenida Antônio Carlos Magalhães, em direção à Avenida Paralela. Eles fizeram um protesto no local para reivindicar a integração do sistema com os ônibus convencionais e com o metrô. Da frota disponível de 291 coletivos, pelo menos 250 micro-ônibus ficaram fora de circulação, segundo informações da Cooperativa dos Permissionários do Transporte Alternativo de Salvador, que promoveu o ato.

Em entrevista concedida após a inauguração da requalificação da Rua Petronília Dércia, no bairro de Valéria, o prefeito afirmou que não dialoga com esse tipo de protesto.  

"Já autorizamos a integração (do Stec com o ônibus comum e o metrô) há muito tempo. Mas eles não chegaram a um entendimento operacional e tarifário. Sempre tivemos abertos ao diálogo, mas não dialogo com esse tipo de protesto. Não aceito isso. Não tem como dialogar com esse tipo de coisa", afirmou o o prefeito ACM Neto.

O prefeito fez reiteradas críticas ao ato. "Não é possível que a população pague o preço porque o transporte complementar resolveu parar Salvador. Não é possível que a polícia deixe de agir, que fique assistindo de braços cruzados. É preciso assegurar o direito de ir e vir, a mobilidade na cidade", acrescentou. Em nota, a PM informou que "o comandante da 35ª CIPM, unidade responsável pelo policiamento, está no local negociando a retirada dos veículos da via".