Prefeitura entrega duas geomantas no bairro de Cosme de Farias

Contenções foram entregues na Baixa do Tubo e na Baixa do Coqueirinho

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  • Nilson Marinho

Publicado em 15 de junho de 2018 às 13:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Embora não houvesse ali, recentemente, um deslizamento de terra, o risco era eminente. A encosta de 2.832m fica sobre várias casas na Rua São Damião, na localidade da Baixa do Tubo, no bairro de Cosme de Farias. Não foi preciso uma tragédia acontecer para a prefeitura impermeabilzar toda a área com uma geomanta, assim como aconteceu também na Baixa do Coqueirinho. 

A tecnologia vai garantir que o solo não desmorone nas duas encostas, sobretudo em dias de chuvas, quando o risco de deslizamento é bem maior. A solução foi uma inciativa da Defesa Civil (Codesal) e a sua aplicação custou, na Rua São Damião R$444 mil. Ao todo, cerca de 100 famílias vão ter uma noite de sono mais tranquila. Já na Baixa do Coqueirinho, o investimento foi de de quase R$100 mil e 60 famílias foram beneficiadas. 

A aposentada Maria Joana Santana, 86, mora bem em frente à encosta da Rua São Damião. Ela lembra que, há 50 anos atrás, a terra cedeu soterrando sua nora que, à época, tinha apenas oito anos. Por sorte ela sobreviveu, mas preocupação com novos acidentes continuavam até a prefeitura realizar a intervenção. "Agora vamos ficar mais tranquilos. Era um risco danado quando chovia. Só tinha mato aí. Ficou bem melhor", avalia a aposentada.A auxiliar de cozinha Geovana Carla, 35, lembra que em dias de chuvas alguns moradores preocupados procuravam refúgio na casa de amigos e familiares. "Ninguém dormia. Era preciso sair daí. Teve gente até se mudava de vez em época de chuva", conta.

Geomantas As geomantas são equipamentos de proteção feitos com materiais sintéticos que, quando aplicados ao solo, faz com que a água da chuva escoe sem levar com ela os sedimentos da terra. Antes da sua aplicação é feita uma drenagem no solo.

O material é formado por um composto de PVC e geotêxtil, com cobertura de argamassa jateada. A estrutura impermeabiliza o talude e erosões superficiais, absorção de águas da chuva e possível risco de deslizamento do terreno.

A duração da geomanta é de 5 anos, em média – bem superior ao da lona comum, que é de três meses. A técnica já foi aplicada em 90 encostas da cidade e outras 20 estão em fase de execução. 

Para o prefeito ACM Neto, os equipamentos deixam as famílias que moram nas encostas mais tranquilas. De acordo com ele, somando as intervenções de conteção em áreas de encostas com as geomantas entregues na cidade, são 150 obras realizadas. "As pessoas, sobretudo nos períodos de chuva, não ficam tranquilas, nós sabemos que essa é uma realidade ainda muito presente na nossa capital. Somente quem corre o risco é quem tem noção do impacto de uma obra como essa", disse o prefeito.  

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier