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CCR, responsável pelas obras do metrô, foi multada por retirar parte do bambuzal no fim de semana
Jairo Costa Jr.
Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 08:26
- Atualizado há um ano
Dois dias após autuar a CCR por infração ambiental gravíssima e embargar parte das obras do metrô realizadas pela empresa na área do aeroporto de Salvador, a prefeitura decidiu iniciar ontem o processo de tombamento, pelo município, do corredor de bambus que dá acesso ao terminal. A tarefa está a cargo da arquiteta Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pelos projetos de intervenção urbana na capital.
“Não podemos recuperar agora o que foi suprimido do bambuzal ilegalmente, sem autorização dos órgãos ambientais da prefeitura. Mas o tombamento, previsto em lei municipal, vai blindar um patrimônio natural da cidade. E seremos céleres”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador (Sedur), Sérgio Guanabara.
Porta fechada Enquanto não houver licença da Sedur, disse Sérgio Guanabara, a obra ficará sob embargo. Em 2010, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) indeferiu um processo para tombar o bambuzal do aeroporto.
Cabeça a prêmio A retirada de parte do bambuzal deflagrou uma crise na direção da concessionária do metrô. Embora a CCR se apoie na liberação do Inema, órgão que responde pelo licenciamento ambiental na esfera do estado, a falta de autorização do município deu munição legal para embargar a obra e multar a empresa em até R$ 5 milhões. O caso colocou os autores da lambança à beira da degola na CCR.