Prévia do Mundial, Copa das Confederações começa hoje e terá oito seleções na briga

Rússia e Nova Zelândia fazem a partida de abertura na Arena Zenit, em São Petersburgo

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 17 de junho de 2017 às 07:47

- Atualizado há um ano

Vencer a desconfiança para a Copa do Mundo de 2018 e conquistar o povo russo. Essa é a missão da Copa das Confederações, que começa hoje, na Rússia. Os seis campeões continentais, a Alemanha - atual campeã do mundo -, e a anfitriã Rússia iniciam a disputa pelo título às 12h (horário de Brasília), na Arena Zenit, em São Petersburgo, quando os donos da casa enfrentam a Nova Zelândia.As atenções, no entanto, estarão voltadas para Kazan, local da estreia de Portugal e México, amanhã, às 12h. A partida é a única com carga total de ingressos vendidos. Mais badalado do torneio, o astro Cristiano Ronaldo é a grande esperança portuguesa para ficar com o título. O atacante do Real Madrid vem de conquistas da Liga dos Campeões da Europa e do Campeonato Espanhol neste ano e da Eurocopa, no ano passado, caminhando a passos largos para ser eleito o melhor do mundo mais uma vez.Campeão europeu, Cristiano Ronaldo é o principal nome da competição (Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP)Atual campeã mundial, a Alemanha disputará o torneio com uma espécie de time B. O técnico Joachim Löw deixou de fora feras como Neuer, Müller, Kroos, Özil, Khedira e Hummels. A ideia é usar a competição como laboratório para amadurecer os atletas com potencial para a Copa do Mundo de 2018. Sem os principais craques, o protagonismo alemão recai sobre Julian Draxler, meia de 23 anos do Paris Saint-Germain.Pela primeira vez desde que passou a ser organizada pela Fifa, em 1997, a Copa das Confederações não terá a Seleção Brasileira. A América do Sul será representada pelo Chile - campeão da Copa América –, cujo técnico espanhol Juan Pizzi levou o que tem de melhor. Destaque para Vidal, Alexis Sánchez e Claudio Bravo, os dois últimos dúvidas para a estreia contra Camarões, amanhã, às 15h, em Moscou.Sem nomes de peso, Alemanha quer usar torneio como laboratório para a Copa do Mundo (Foto: DBF/Divulgação)Participam também a Austrália, atual campeã da Ásia (no futebol, o país da Oceania é filiado à confederação asiática), e Camarões, campeão africano.As oito seleções estão divididas em dois grupos, com Rússia, Portugal, México e Nova Zelândia no A e Alemanha, Chile, Camarões e Austrália no B. Após as três rodadas da fase inicial, o primeiro colocado de um grupo enfrenta o segundo do outro nas semifinais. A final será no dia 2 de julho, em São Petersburgo.

Moscou, Kazan e Sochi completam o quarteto das cidades-sedes da Copa das Confederações. Em 2018, serão 11 cidades, com 12 estádios - dois na capital Moscou.Problemas Palco da estreia da Rússia, a Arena Zenit convive com as críticas. O estádio, que demorou dez anos para ficar pronto e custou cerca de R$ 2,6 bilhões, teve o gramado reprovado pelos jogadores na inauguração, em abril. A grama foi completamente substituída durante o mês de maio e desde então não houve partidas ou eventos para testar o novo piso. Até mesmo o treino das seleções foi transferido para outros lugares.Presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2018, Vitaly Mutko garantiu que toda estrutura está pronta para receber os jogos. “O estádio é parcialmente coberto, é difícil manter o gramado em bom estado, mas vamos dar um jeito de mantê-lo em boa condição”, afirmou.Mascote da Copa 2018, o lobo Zabivaka promove os jogos na Rússia (Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)Outro problema é a venda de ingressos. De acordo com relatório da Fifa, apenas 65% dos bilhetes haviam sido vendidos. A entidade acredita que a torcida passará a ter mais interesse após o início da competição, adquirindo os ingressos de última hora. Ontem, o comitê local divulgou 70% de ingressos vendidos. “É uma quantidade normal para a Copa das Confederações, uma vez que ainda não sabemos quem vai estar nas semifinais e na final e quem disputará a partida de terceiro lugar. Nas edições de Copa das Confederações, os ingressos nunca se esgotaram”, afirmou Alexei Sorokin, diretor do comitê.