Primeira edição do Festival SSA Mapping movimenta Praça Thomé de Souza

Evento acontece hoje, das 17h às 23h, e misturando artes visuais, música, história e gastronomia

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 25 de março de 2017 às 07:59

- Atualizado há um ano

Trabalho de Roberta Carvalho a partir do mapeamento da fachada do Palácio Rio Branco(Foto:Divulgação)Misture num mesmo evento arte, intervenção urbana e história. Essa é a proposta do SSA Mapping, primeiro festival de video mapping de Salvador, que será realizado hoje, a partir das 17h, na Praça Thomé de Souza, no Centro, mais especificamente no Palácio Rio Branco.Quem for conferir o festival, gratuito, além de apreciar a arte contemporânea exposta na plataforma inusitada vai aproveitar o pôr do sol tendo a Baía de Todos os Santos como fundo e poderá curtir uma feira de food trucks com cervejas artesanais.O video mapping ou projeção mapeada é uma das mais novas linguagens da arte contemporânea e tem sido realizado em várias partes do mundo. Na proposta, obras de arte em pintura, fotografia e animação, entre outras linguagens, saem da estrutura plana e ganham volume através da projeção em superfícies diversas, não lineares, criando uma ilusão de óptica e reconstruindo os espaços com formas e movimentos, luzes e cores.Os artistas convidados são os VJs Optika (nome da colombiana Laura Ramirez), Vigas (Santa Catarina) e Gabiru (Bahia). De acordo com a curadora do festival, a artista visual paraense Roberta Carvalho, embora cada artista tenha tido a liberdade de criar, eles receberam material produzido pelo historiador e pesquisador  Daniel Rebouças, da Universidade Federal da Bahia, sobre  monumentos do Centro Histórico, que foram usados como inspiração para as suas criações.“Embora os temas sejam diversos, a cada expositor foi solicitado que a obra partisse de uma relação com a cidade, uma reflexão sobre a história da primeira capital do Brasil”, explica Roberta Carvalho. Responsável pelo Festival de Vídeo Mapping do Amazonas, ela conta que a perspectiva dos organizadores é que o evento entre no calendário cultural da cidade, incentivando artistas locais e de outros estados a participar. VJ Gabiru: artista baiano é um dos quarto convidados do SSA Mapping(Foto: Divulgação)Terceira dimensãoCom patrocínio da Oi, através do Fazcultura, a realização do evento é fruto de uma parceria entre as produtoras Baluart e Ilimitado. O objetivo é movimentar a cena das artes visuais na capital baiana, promovendo aproximação e troca entre artistas e criando diálogo entre artes, intervenção urbana e história.Entre as apresentações, Roberta Carvalho chama atenção para uma obra de videodança que foi feita dentro do Palácio e será apresentada ao público transportada para a fachada do prédio. “As obras são bastante ricas, mas essa, em particular, tem a perspectiva de transitar entre as expressões artísticas”, sugere. Roberta ressalta que muitos dos artistas inscritos na Mostra jamais haviam usado o vídeo mapping como plataforma.Atuando como VJ desde 2007, Gabiru, que também é artista plástico, afirma que é uma felicidade poder apresentar seu trabalho nessa plataforma em Salvador. “Já estive em festivais diversos, é gratificante expor aqui”, diz Gabiru,  que participa com a obra Urbe et Orbe. Além dos convidados, o SSA Mapping exibirá 23 trabalhos de artistas de diferentes estados na  Mostra Aberta, que será intercalada à principal. A trilha sonora é da dupla BAVI Berimbau Aparelhado Violão Inventável (Anderson Petti e João Almy). São obras produzidas em diferentes meios de expressão das artes visuais - e não somente projeções mapeadas - selecionadas pela curadoria.  O evento conta, ainda, com o  Rolé Histórico, que guiará o público que não precisa se inscrever previamente, por pontos simbólicos do Centro Antigo. A partir do Mosteiro de São Bento (com sessões de 50 miutos às 9h, 10h30, 13h30 e 16h30), os participantes passarão por ruas e monumentos históricos que inspiraram as obras do SSA Mapping. A coordenação é do historiador Daniel Rebouças. O festival será encerrado com show de ÀTTØØXXÁ e OZ, dupla que traz em seu trabalho referências eletrônicas e do pagode feito nas ruas da Bahia. Eles apresentam uma seleção de sons presentes no disco BLVCKBVNG e  prometem encerrar o evento com muita dança e descontração.