Primeira-ministra da Suécia renuncia 8 horas após eleita; entenda

Ela foi a primeira mulher a conseguir uma posição no cargo

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  • Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2021 às 18:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Getty Images

Pouco menos de oito horas após eleição pelo Parlamento, a nova primeira-ministra da Suécia, única mulher eleita no país até hoje, Magdalena Andersson, foi forçada a renunciar do cargo quarta-feira (24).

A situação aconteceu após sua proposta de orçamento ter perdido uma votação e os ecologistas terem deixado o governo.

"Há uma prática constitucional segundo a qual um governo de coalizão renuncia quando um partido sai. Não quero liderar um governo cuja legitimidade esteja em questão", declarou a líder social-democrata, antes de acrescentar que espera ser reeleita em uma votação futura.

Andersson era a ministra das Finanças do governo do primeiro-ministro demissionário Stefan Löfven, que renunciou este mês após sete anos no cargo.

Ela foi eleita em uma votação apertada, com 117 votos a favor, 57 de abstenção, e 174 deputados contra. Na Suécia, para um candidato ao cargo de chefe de Governo ser eleito, precisa apenas que a maioria (175) não vote contra seu nome.

Andersson ficou apenas um voto à frente da soma dos contrários. Porém, a desistência dos verdes, horas mais tarde, tornou inviável a composição de um novo governo. O Partido Verde desistiu da coalizão após o Parlamento rejeitar a proposta para o orçamento do governo federal. Apesar disso, os verdes já disseram que apoiarão Andersson se houver uma nova votação para confirmá-la no cargo. Foram os centristas que se recusaram a apoiar o novo orçamento, frustrando os planos da nova coalizão de governo.

A social-democrata disse que conversou com o presidente do Parlamento, na esperança de ser nomeada como líder de um governo de minoria, formado por um só partido.

O presidente do Parlamento decidirá quais serão os próximos passos para a formação de um novo governo. O mais provável é que Andersson passe por uma nova votação nos próximos dias.

Magdalena Andersson foi eleita a menos de um ano das eleições legislativas, previstas para setembro de 2022 e que devem ser muito acirradas. O desafio da nova premiê será conseguir manter os social-democratas no poder, no momento em que o partido registra seu menor índice histórico de aprovação.