Primeiro dia de ataque na Ucrânia termina com 137 mortos, segundo presidente

Líder ucraniano, Volodmir Zelenski, confirmou que ainda está na capital com sua família, mas não revelaria a localização

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  • Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 23:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Ukrainian Presidential Press/Reprodução

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski informou que até o momento 137 ucranianos, militares e civis, foram mortos desde o início da invasão russa, na madrugada desta quinta-feira (24).

Zelenski afirmou que seu país foi abandonado após o ataque, acrescentando acreditar que grupos de sabotagem enviados por Moscou entraram na capital, Kiev. 

"Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado", afirmou Zelenski em um vídeo publicado na conta presidencial. "Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo", lamentou.

Vestindo uma camiseta, com a barba por fazer e falando em ucraniano, em vez de seu russo nativo, Zelenski disse ter recebido informações sobre grupos de sabotagem. "É por isso que estou pedindo aos cidadãos de Kiev que sejam vigilantes e cumpram as regras da lei marcial", afirmou.

A Lei Marcial foi decretada horas depois do ataque da Rússia e proíbe a saída cidadãos ucranianos do sexo masculino do país. Estão convocados todos os recrutas e reservistas aptos para o serviço. Eles devem se apresentar a alguma das instituições militares do país.

Zelensky também assinou um decreto no qual declara que o país está em estado de mobilização geral. Com isso, a mobilzação deve contar com o apoio de autoridades federais e regionais, além da iniciativa privada, que devem colocar à disposição das autoridades militares, de forma temporária, "edifícios, estruturas, terrenos, transportes e outros meios materiais e técnicos". 

Entre os muitos rumores falsos que circulam, disse Zelenski, havia um de que ele havia fugido do país. "Vou ficar na capital", disse ele, acrescentando que sua família também estava na Ucrânia, mas que ele não poderia divulgar sua localização. "O inimigo me marcou como alvo nº 1, minha família, como alvo nº 2. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe de Estado", afirmou.