Problemas de caixa do governo deixam dúvidas sobre viabilidade de ponte e VLT

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 05:15

- Atualizado há um ano

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Técnicos graduados da Secretaria Estadual da Fazenda quebram a cabeça para saber de onde o governo Rui Costa (PT) vai tirar dinheiro para tocar dois grandes projetos: a Ponte Salvador-Itaparica e o VLT do Subúrbio. No primeiro, o aporte do estado é de R$ 4,5 bilhões; no segundo, R$ 1,7 bilhão. O problema, explicam, é que o governo enfrenta sérias dificuldades financeiras, motivo do ajuste fiscal de Rui aprovado pela Assembleia em dezembro. Ao mesmo tempo, a Bahia teve a nota de Capacidade de Pagamento rebaixada de B para C pelo Tesouro Nacional. Ou seja, não possui aval da União para obter empréstimos e nem pode tomar financiamento externo.

Anedota leonina Mesmo no plano do sonho, a ponte rende piada entre caciques da base, mas o alvo é o vice-governador João Leão (PP).  Como não há mais cargos para todos que ele quer atrair para o partido, dizem, Leão agora oferece 10 metros da ponte para um, 20 para outro...

Mudança de hábito Representantes do trade turístico reagiram bem às mudanças apresentadas pelo novo secretário estadual do Turismo, Fausto Franco. Em encontro com lideranças do setor no hotel Monte Paschoal, anteontem à noite, Franco anunciou que as ações para promover a Bahia no país e no exterior ficarão a cargo da pasta, e não mais da Bahiatursa, que atuará basicamente com eventos.

Papel passado No campo político, Fausto Franco começou a sacar a importância do jogo partidário para sobreviver no cargo. Ontem, um dia após a coluna noticiar o mal-estar gerado por sua entrevista à Rádio Metrópole, na qual deixou de agradecer aos cardeais do PR pela nomeação, Franco se filou à sigla, que controla as indicações na Secretaria de Turismo.

Agenda interrompida Um dos mais premiados jornalistas investigativos do país, Domingos Meirelles foi internado ontem no Hospital Aliança com quadro de infecção. Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Meirelles faria palestra na Faculdade Estácio, mas teve que cancelar a participação.

Dendê na briga Operadores do mercado financeiro na Bahia acompanham atentamente o cerco do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à  XP Investimentos, acusada pelo BTG Pactual de usar práticas lesivas ao setor e de quebrar regras impostas pelo órgão no acordo que autorizou sua fusão com o Itaú. O Cade analisa indícios de que a XP adotou métodos contrários à livre concorrência, numa suposta ação para manter o domínio sobre os chamados agentes autônomos de investimento.

Davi e Golias No estado, a ofensiva do Cade interessa particularmente à empresa baiana ADX Invest, primeiro escritório de investimentos do Nordeste a firmar parceria com o BTG. Após 10 anos captando clientes para a  XP, a ADX decidiu mudar a rota.Não é possível que o Inema e o governo do estado vão continuar assistindo de camarote esse desastre acontecer. É uma situação simples que precisa ser resolvida imediatamente. O derramamento de óleo vai causar danos ambientais irreparáveis e tudo isso pode ser evitado de forma simples  Marcell Moraes, deputado estadual do PSDB, sobre a iminência de naufrágio de dois ferries abandonados há anos na Baía de Aratu, caso revelado em reportagem publicada pelo CORREIO no último domingo