Produção industrial cresce 2% na Bahia, diz IBGE

No confronto março/17 e março/16 o indicador registra queda de 8,3%, a mais acentuada entre as 14 regiões industriais pesquisadas pelo instituto

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  • Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2017 às 13:58

- Atualizado há um ano

Em março, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, cresceu 2,0% frente ao mês anterior, após o crescimento de 3,3% de janeiro para fevereiro. Com esse resultado, a Bahia ficou entre as seis regiões, do total das 14 pesquisadas, que tiveram aumento da produção industrial em março. Foi a segunda maior taxa positiva observada nas regiões analisadas, ficando abaixo apenas de Amazonas, onde se viu um crescimento de 5,7%. Por outro lado, seguindo a tendência registrada na média nacional, retração de 1,8%, oito regiões apresentaram queda na produção industrial, sendo a mais acentuada delas verificada no Paraná (2,9%).

Frente a março de 2016, porém, a produção industrial baiana manteve-se em queda, de 4,3%, com a segunda pior taxa, perdendo apenas do Amazonas, decréscimo de 7,3%. A Bahia foi uma das setes regiões com recuo nessa base de comparação. A produção industrial do estado vem caindo, nesse tipo de confronto, há 13 meses seguidos, desde março de 2016 (-7,4% em relação a março de 2015). O ritmo de queda, porém, vem diminuindo neste ano, em relação a fevereiro (4,5%) e janeiro (12,3%).

No primeiro trimestre do ano, a produção industrial da Bahia tombou 8,3%, o recuo mais acentuado na produção industrial dentre todas as regiões pesquisadas, intensificando o ritmo de queda frente ao observado no último trimestre de 2016 (7,5%) e com um resultado muito pior que o visto nacionalmente (positivo em 0,6%). No acumulado e 12 meses (abril de 2016 a março deste ano), a indústria baiana acumula queda de 7,8%, também a maior entre as regiões e bem mais intensa que o recuo nacional, 3,8%.

Metalurgia e coque e derivados de petróleo 

Na comparação março de 2017 / março de 2016, o recuo de 4,3% no setor industrial da Bahia foi resultado do desempenho negativo de 5 das 12 atividades pesquisadas. As influências negativas mais importantes vieram dos setores de metalurgia, 44%, e de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, 14,3%. O IBGE cita, ainda, os recuos na produção de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, 78,9%, na Indústria extrativa,10,5%, e dos produtos alimentícios, 2,8%. A produção de veículos, ao crescer 28%, exerceu o principal impacto positivo. Outros avanços relevantes vieram de Outros produtos químicos, 5,8%, e de Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, 16,9%.

No primeiro trimestre de 2017, 7 das 12 atividades industriais pesquisadas na Bahia apresentaram queda, com destaque também para os recuos nos setores de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, 17,9%, e de Metalurgia, 38,3%.Com informações do IBGE