Projeto aprovado na Alba garante o combate à pobreza menstrual no estado

Absorventes higiênicos serão distribuídos nas escolas, unidades de saúde e unidades prisionais

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  • Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2021 às 21:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

Foi aprovado na tarde desta terça-feira (28) o Projeto de Lei nº 24.107/2021 da deputada estadual Olívia Santana, que inclui na Política Estadual de Saúde da Mulher um capítulo voltado para a conscientização e combate à pobreza menstrual na Bahia. 

Com a lei, as meninas e mulheres baianas vão contar com uma série de ações voltadas para a promoção da saúde menstrual, entre elas o acesso gratuito a absorventes higiênicos nas escolas, unidades de saúde e unidades prisionais em todo o estado.

“O projeto traz à tona uma questão que parte da população vivencia, mas os poderes públicos não se dão conta, que é a situação de mulheres pobres que menstruam e que, muitas vezes, não têm recurso para comprar um absorvente. Nosso projeto inclui esse item na política de saúde pública da mulher na Bahia”, comemora a deputada Olívia.

A líder do grupo Girl Up na Bahia, Júlia Alkmim, frisa o avanço da aprovação do projeto para o movimento de mulheres. “Ele reconhece, pela primeira vez, a menstruação como um processo natural do corpo e dá visibilidade às pessoas que menstruam. É uma grande vitória no caminho de introduzir o ponto de vista plural na política e reconhecer as necessidades particulares de determinados corpos na sociedade, além de mostrar a abertura dos políticos baianos, especialmente da deputada Olívia Santana, para ouvir diretamente as necessidades do povo, visto que o projeto foi inicialmente idealizado por um grupo de meninas, o Roda Baiana Girl Up”, finaliza Júlia.

A deputada Olívia lembra também que na Bahia, a pobreza é maior entre as mulheres negras, mães solo, e com filhos menores de 14 anos de idade. "Esse é um dado do IBGE, revelados no estudo 'Desigualdades Sociais por Cor ou Raça', em 2018. Cerca de 75,1% das mães solteiras pretas ou pardas e seus filhos tinham renda menor que R$ 413 por mês, vivendo abaixo da linha da pobreza no Estado. Estamos falando de cerca de 682 mil mulheres nesta situação", declara Olívia.