Projeto Natas em Solos leva seis espetáculos para o Pelourinho

Os ingressos das apresentações solo, que acontecem no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, custam R$ 20 e R$ 10

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  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 16:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Andréa Magnoni/Divulgação

O Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas volta a Salvador para apresentar o Natas em Solos – Seis Olhares Sobre o Mundo, ação com seis espetáculos solos interpretados pelos atores Antônio Marcelo, Daniel Arcades, Fabíola Júlia, Nando Zâmbia, Sanara Rocha e Thiago Romero, que faz parte do OROAFROBUMERANGUE. O projeto começa nesta quinta-feira (9) e vai até 18 de novembro (quinta-feira, sexta-feira e sábado, às 20h), no Teatro Sesc Senac Pelourinho. O Natas em Solos é um projeto artístico-investigativo-formativo que consiste apresentação de seis solos concebidos e realizados pelos intérpretes/criadores do NATA a partir das pesquisas cênicas individuais destes artistas. “O Natas em Solos visa potencializar o interesse e as necessidades individuais de cada intérprete, enriquecendo-o e ampliando nossos horizontes artísticos criativos”, declara Fernanda Júlia, coordenadora artística do grupo.

Os espetáculos O público poderá conferir no Teatro Sesc Senac Pelourinho os espetáculos As Balas Que Não Dei Ao Meu Filho de Antônio Marcelo (09/11), Iyá Ilu de Sanara Rocha (10/11), Impopstor de Daniel Arcades (11/11), Mundaréu de Thiago Romero (16/11), Rosas Negras de Fabíola Nansurê (17/11) e Gbagbe de Nando Zâmbia (18/11). Os ingressos das apresentações estão a preços populares: R$ 20 e R$ 10. As Balas Que Não Dei ao Meu Filho abre o projeto (Foto: Andréa Magnoni/Divulgação) Solo de estreia O primeiro solo a se apresentar é As Balas Que Não Dei ao Meu Filho, nesta quinta (9), com o ator Antônio Marcelo, com direção de Antônio Fábio e dramaturgia de Daniel Arcades. Um homem negro, pai, morador de periferia, policial. Ocorre uma ação policial no bairro onde vive e o filho adolescente desaparece. O conflito busca refletir sobre o genocídio da juventude negra nas periferias das grandes cidades e mostra ainda como o sistema racista coloca negros para assassinarem negros. “Em nenhum momento quero colocar o policial na posição de vítima, nem justificar uma chacina, mas complexificar o homem negro que está naquela situação, coloca-o no local de vítima e algoz da situação. Se esse jovem negro que é morto em chacinas, for parente de quem o assassina, o que acontece?”, questiona Arcades.