Projeto permite entrada de animais no ambiente hospitalar

Lei nº 355/2017 tem base na Terapia Assistida por Animais

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  • Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2018 às 10:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock

Ficar doente e internado não é uma situação nada agradável. Pior ainda, é quando precisamos ficar confinados e longe do convívio das pessoas que amamos. Quem tem animais de estimação ainda tem que lidar com a saudade dos bichinhos. Mas, aos poucos, essa situação está mudando. Pacientes internados na rede municipal da capital paulista já convivem com uma realidade bem mais positiva e podem receber um novo tipo de visitante: seus bichos de estimação.

O projeto de Lei nº 355/2017 propõe a liberação da entrada de animais domésticos, como cachorro, gatos e pássaros, em visitas a pacientes. As visitas de animais, conforme comprovam estudos, podem ajudar muito na melhoria desses pacientes, por meio da TAA – Terapia Assistida por Animais. O animal doméstico não só faz parte da família, como é um companheiro fiel do seu dono e, também, sofre com sua falta.

Para receber a visita dos bichinhos, no entanto, foram determinadas algumas regras básicas. Primeiro, será preciso uma autorização prévia. Os pets deverão estar com a vacinação em dia, higienizados e o responsável deve comprovar, por meio de laudo veterinário, a boa condição de saúde do animal. Segundo a legislação, os animais deverão estar em caixa adequada e, tratando-se de cães e gatos, deverão estar em guias presas por coleiras e, se necessário, focinheiras.

Ainda de acordo com o projeto, não será permitida a presença de animais em setores de isolamento, quimioterapia, transplante; assistência a vítimas de queimaduras; UTI - unidade de tratamento intensivo, central de material de esterilização, farmácia hospitalar e áreas de manipulação, processamento, preparação e armazenamento de alimentos.

O professor de Medicina Veterinária Anderson Farias concorda com a Lei e disse considerar de extrema importância a presença dos animais em alguns tipos de tratamento. “Quando estamos perto dos nossos bichos de estimação nos sentimos mais calmos e felizes. Isso é ótimo, principalmente para as pessoas que estão internadas. Hospital nunca é um local tranquilo”, defendeu.

Anderson é professor da UPIS – Campos II e disse que vários alunos seus já tiveram a oportunidade de trabalhar com o TAA. “É nítida a melhora da pessoa quando está perto de alguém que gosta. Porque essa melhora não pode vir da presença dos seus animais de estimação? Eu acho que um animal bem cuidado não traz nenhum risco para a saúde, não é à toa que esses bichinhos convivem dentro da nossa própria casa”, concluiu Farias.

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