Projeto prevê integração entre VLT e metrô na Lapa

A empresa que vencer a licitação para operar o sistema terá um prazo de oito meses para definir como será a ligação

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  • Alexandro Mota

Publicado em 8 de abril de 2016 às 06:29

- Atualizado há um ano

Ainda não está definido o traçado que ligará o sistema VLT do Subúrbio até a  Estação da Lapa, que atualmente conta com o sistema integrado de ônibus e metrô. A empresa que vencer a licitação para operar o sistema terá um prazo de oito meses para definir como será a ligação do sistema, podendo escolher passar o VLT por um viaduto que ligue a Baixa do Fiscal, no bairro do Uruguai, até a estação do Retiro ou a construção de um túnel da Praça Cayru, no Comércio, até a Lapa.Ao chegar à Lapa, o VLT estará também integrado ao metrô. Assim, será possível ir de Paripe ao Aeroporto. Hoje, passageiros de trem tem opção apenas de ônibus na Av. Suburbana (Foto: Divulgação) “O investidor vai decidir qual traçado vai fazer a obra de acordo com as características de tráfego e de custo de investimento. Se for pela Baixa do Fiscal, o sistema aumenta em três quilômetros. Pela Praça Cayru, aumenta mais um quilômetro”, detalha o secretário Bruno Dauster.

Já o projeto do Subúrbio já está concluído, podendo apenas sofrer alterações no valor investido, segundo a Casa Civil, por conta de variações econômicas. O trecho da Lapa deve ser iniciado após o fim das obras no Subúrbio. O objetivo é que o VLT seja integrado com o metrô.

Obra terá duas etapas, uma até a Lapa, e custará R$ 1,5 bilhãoO investimento para o VLT, que prevê duas etapas, incluindo o trecho da Lapa, será de cerca de R$ 1,5 bilhão — R$ 1,1 bi apenas no trecho entre as estações Comércio e São Luiz (Paripe). O governo do estado vai investir 35% desse valor.

Com a insegurança em relação aos repasses do PAC da Mobilidade,  plano do governo federal voltado para a mobilidade nas grandes cidades, a Bahia ainda não sabe como vai dar a contrapartida ao sistema que funcionará através de uma Parceria Público-Privada (PPP).  “Temos duas possibilidades: uma é buscar financiamento e deixar a nossa parte para o final e começar com os investidores, assim ganhamos tempo.

A outra hipótese é que o nosso aporte seja na forma de contraprestação, diluído ao longo do tempo de investimento”, detalhou o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster. Como se trata de um regime de concessão, será a empresa que operará o sistema que fará a outra parte do investimento e definirá os detalhes finais da obra. O projeto do VLT foi apresentado, em janeiro, para um grupo de 18 empresários.