Pugmania: tudo o que você precisa saber sobre esses cães fofinhos

Os bichos mais desengonçados do mundo animal acumulam legião de fãs

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 10:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Facebook

‘Ohhh, um pug!’. Duvidamos que quem tem um cachorrinho dessa raça nunca tenha ouvido isso. Com aquela carinha de ‘me ame’, os animais fazem sucesso. Só no Instagram, são mais de 13,5 milhões de posts com a hashtag que leva o nome deles. E não é à toa: “Eles são brincalhões e, ao mesmo tempo, tranquilos. Além de muito, muito dóceis”, conta a psicóloga Rafaela Barros, 30, dona de Jolie. 

É da mesma forma que a publicitária Marcella  Bandeira, 29, caracteriza seu Monstro, instadog com mais de 57 mil seguidores. “São carinhosos, dengosos, inteligentes... Inicialmente, meus pais não queriam cachorro algum. Hoje, são arriados por ele”. @pug_jolie 31,8 mil seguidores Jolie se mudou para a casa da psicóloga Rafaela Barros, 30, quando tinha  45 dias. “Eu queria ter um cão antes de um filho. Pensei em adotar, mas fiquei com receio pelo tamanho que poderia ficar. Pesquisei e vi que o pug lida bem com crianças.” Cadastre seu e-mail e receba novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração e o melhor de Salvador, toda semana:

A administradora Georgina Guerra, 44, também não tinha vontade de ter  um cão da raça. Pois imagine só: se apaixonou tanto que hoje possui três. “Saí um dia com minhas filhas para um almoço. De surpresa, elas compraram Zoey, nossa mais velha. Dois anos depois, a botamos  para cruzar e nasceu Bonnie. Ano passado, minha filha ganhou Hope. Hoje, indico para todo mundo. São animais muito companheiros. Onde o dono vai, ele vai atrás. E ainda sabe fazer cara de coitado como ninguém. É muito gostoso”, fala.  @monstrobandeira 57,5 mil seguidores Atualmente, Monstro é um dos pugs mais famosos de Salvador. Só que esse não era o objetivo inicial da publicitária Marcella Bandeira, 29. “Eu postava fotos dele nas minhas redes e as pessoas gostaram tanto que insistiram para eu criar um Instagram próprio. Relutei, mas acabei aceitando”, lembra. O ‘dogmodel’ completa 4 anos hoje. O amor de Georgina é tanto pelo trio que, atualmente, ela é uma das administradoras da Família Puglândia. O grupo existe nas redes sociais e no Whatsapp, com o objetivo de compartilhar dicas e organizar encontros entre os donos de cãezinhos da raça, uma vez por mês. “Fazemos um cadastro para ter controle e organizar direito, mas qualquer pessoa que tenha um pug pode entrar. Nossas confraternizações são sempre informadas pelo Instagram, por exemplo, e acontecem em lugares públicos, como praças da cidade”. Hoje, há aproximamente 240 pessoas na família. Em todas as reuniões, a turma pede que sejam levadas rações, camas e até roupas para cães, para doação. @ninaapug 15 mil seguidores  Nina ganhou uma rede social assim que nasceu, há 4 anos. “Acompanhamos a gravidez da mãe dela e resolvemos criar o Instagram como recordação”, diz Rafaela Lemos, 28.  A pug inspira a marca de roupas  criada pela estudante, Nina Pet Store. Os modelitos, aliás, são uma mania à parte. Tanto que a estudante Rafaela Lemos, 28, resolveu investir nisso. “Minha mãe, Maristela, costura e começou a fazer roupinhas para Nina, minha pug. As pessoas gostaram e passaram a pedir encomenda. Aceitamos fazer para amigos mais próximos e foi crescendo, até virar uma marca, a Nina Pet Store (@ninapetstore)”, recorda. Em alguns encontros da Puglândia, há até concursos de fantasias dos bichos. “Mas aí eu prefiro fazer uma versão mais simples para Nina e investir mais em peças elaboradas para comercializar”, garante. Segundo Rafaela, os looks variam desde R$ 50 até mais de R$ 80.

Problemas A média de preço de um pug gira em torno de R$ 3 mil. E, apesar de todas as partes boas dele, é necessário lembrar que, como todo animal,  está suscetível a alguns problemas. “Por serem braquicefálicos (de cara/fucinho achatado), eles podem apresentar alterações no palato mole, que dificulta a passagem do ar para a traqueia. Essa anatomia não favorece as vias respiratórias superiores, o que pode comprometer sua habilidade de inspirar o ar e, junto ao calor excessivo, pode levar a hipertermia. Ela desencadeia a síndrome do braquicefálico e, se não for socorrido às pressas, pode levar nosso amiguinho(a) ao óbito”, explica Gabriela Porfirio, professora de Medicina Veterinária da Unifacs. Por isso, o indicado é não fazer passeios muito longos com o pug, evitando horários com sol muito forte. @tripugs_brasil 11,1 mil seguidores  Em 2014, nasceu Zoey. Dois anos depois, veio a filha dela, Bonnie. Por fim, surgiu Hope, com 1 ano. O trio divide as atenções no Instagram criado pela administradora Georgina Guerra, 44. “Indico para todos. São animais muito carinhosos”. Outro problema comum envolve a visão.  “Também por serem cães braquicefálicos, eles têm os olhos um pouquinho saltados. Então o cuidado com essa parte é bem importante”, avisa o veterinário Bruno Raposo. "Essa caracteristica pode levá-los a uma pré disposição a doenças oftálmicas”, completa Gabriela. Jolie, por exemplo, já sofreu com isso. “Ela teve três úlceras nos olhos. Mas, todas as vezes, levamos no oftalmologista  logo e ela ficou bem”, diz Rafaela. Caso não haja um tratamento correto, a úlcera pode levar à cegueira. “É importante fazer um check-up regularmente”, avisa a psicóloga.