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Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2019 às 03:35
- Atualizado há um ano
Queixas recorrentes sobre leitura no Brasil são percebidas ou recebidas anualmente. A incapacidade discente de ler revela a fragilidade do sistema educacional. Afinal, o que os professores esperam que os alunos leiam?
Nunca se leu tanto ultimamente! Parece contradição, negando a afirmação anterior, pois temos nos debruçado sobre textos, imagens e vídeos que pulam da tela, impondo legitimidade. A partir das novas tecnologias digitais, surgiram outras possibilidades de leitura nesses suportes onde são publicados textos. O surgimento de hipertextos digitais, links e hiperlinks caracterizam uma linguagem própria desse ambiente, assim como a literatura ganha novos formatos e novas maneiras de ser produzida.
Com essas transformações, é possível ouvir músicas em mp3, produzir filmes, gravar voz, tirar fotos, jogar, enviar e-mails em smartphones e tablets, com um toque no teclado virtual. A escola nega sua relação com as novas linguagens e até, sem possibilidades de conciliação, proíbe esses dispositivos em seu espaço. Enquanto o milagre da transformação não chega, eles viram brinquedos entre os jovens.
Por que a escola não promove práticas de leitura utilizando-os? É importante desenvolver a competência informacional e midiática da sociedade, afinal no ciberespaço estão presentes linguagens híbridas, hipertexto e novos tipos de leitores que interagem com a informação difundida por essas mídias. É imperativa uma educação voltada para as habilidades relacionadas aos novos modos de ler, consumir e produzir informações sob essa perspectiva. Assim, a escola precisa superar essa distância e buscar formas de aproximar docentes e recursos, transformando estes em ferramentas de leitura e produção, criando espaços para ciberpoemas, memes, gapps, animações etc.
Sobre a nova tecnologia dos livros surgem os e-books e novos leitores que abandonam televisão e imprensa em papel. Esse novo mercado editorial provoca o cliente a comprar livros através da internet. Essa produção cultural (audiobooks e e-books) hoje é realidade entre jovens, adultos e crianças que manipulam tablet ou celular desde cedo.
Escola e família precisam incentivar experiências com o livro impresso, garantindo amplo acesso à tecnologia. Para isso, as pessoas devem aprender a ler, desenvolvendo habilidades de leitura para usufruir da internet. Como será possível? Lendo. Comprando livros impressos ou e-books. Quanto mais meios de ler, melhor!
Gina Maria I. Teixeira e Maria Laura Petitinga são docentes do curso de Letras da Unijorge