Quase metade das famílias de Salvador estão endividadas, segundo pesquisa

Por Donaldson Gomes

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  • Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 05:02

- Atualizado há um ano

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Não é a toa que a questão do endividamento e a negativação de consumidores foi parar até na campanha eleitoral. Tem é gente com problemas. Aqui em Salvador, por exemplo, quase metade das famílias, 48%, possui algum tipo de dívidas, de acordo com  a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA). Em números absolutos, são 450 mil famílias. Há um ano, a taxa da endividamento era de 52%. Segundo o estudo, o principal tipo de dívida é a do cartão de crédito, com 86,2% do total, seguindo uma tendência histórica não só aqui na Bahia, mas em todas as outras cidades do país. “Para que ocorra uma queda nas dívidas e inadimplência, as famílias baianas precisam manter um bom equilíbrio no orçamento doméstico. Só na capital baiana são 179 mil famílias que estão nesta condição delicada (de inadimplência)”, constata Fábio Pina, assessor econômico da Fecomércio-Ba.

Retomada do consumo  Após dois meses de queda, como reflexo da greve dos caminhoneiros, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela CNC e a Fecomércio-BA, apresenta crescimento de 2,5% agora em agosto. Observando os dados do ano passado, o estudo comprovou que houve uma elevação de 14% em relação ao mesmo período no ano anterior. Segundo o levantamento, o destaque foi do item Renda Atual que subiu 5,4% e atingiu 94,1 pontos, demostrando crescimento na renda dos baianos. Para o assessor econômico da Fecomércio-Ba, Fábio Pina, o consumidor soteropolitano vem aumentando sua confiança. “Dos sete itens analisados pelo ICF, seis ficaram no positivo em agosto. São passos essenciais para o aumento do nível de consumo e melhora da economia baiana”, explicou o especialista.

Confiança em baixa O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), medido pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em julho, um quadro de maior pessimismo comparativamente ao observado no mês anterior. O índice avalia as expectativas das entidades representativas do setor produtivo do estado. A marca de -148 pontos em julho representou uma piora de 30 pontos em relação ao registrado no mês anterior. Trata-se do quarto recuo seguido da confiança, chegando ao maior nível de pessimismo desde setembro passado. O último registro positivo do indicador ocorreu em abril de 2013. O setor agrícola foi o único com aumento da confiança em julho. Do conjunto de itens avaliados, crédito, câmbio e PIB estadual foram aqueles com as piores expectativas. Vendas, exportação e capacidade produtiva apresentaram as melhores situações.

Entre as maiores O Grupo Fragnani, que possui duas fábricas na Bahia, subiu 37 posições no ranking das 1000 maiores empresas brasileiras, divulgado pelo Valor 1000. Agora o grupo ocupa a posição 883. O anuário indica as maiores companhias do país, segundo critérios homologados pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. O ranking é ordenado pela receita líquida das organizações.