Quatro anos após o Brasil, Rússia sedia Mundial a partir de hoje

Festa de abertura começa às 11h30 e primeiro jogo às 12h

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  • Vitor Villar

Publicado em 14 de junho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: FRANCK FIFE/AFP PHOTO

Foi tão rápido assim: chegou 2018, você mal piscou e a Copa do Mundo da Rússia está prestes a começar. A bola rola de fato nesta quinta-feira (13), a partir das 12h (horário da Brasília), com a seleção anfitriã contra a Arábia Saudita. O duelo acontecerá no estádio Lujniki, em Moscou, palco também da final, no dia 15 de julho, às 12h.

A festa, porém, vai começar um pouco antes do jogo, a partir das 11h30, também no estádio Lujniki. Diferentemente dos anos anteriores, a cerimônia de abertura desta Copa terá uma versão bastante reduzida, focada em apresentações musicais.

O cantor britânico Robbie Williams será a atração principal da abertura, ao lado da cantora lírica russa Aida Garifulina. O mestre de cerimônias será um brasileiro: o atacante Ronaldo, autor de 15 gols em Copas do Mundo.

O duelo entre Rússia e Arábia será o único do dia. A partir de sexta-feira (15) serão pelo menos três jogos diários, quase sempre às 9h, 12h e 15h. A partir do dia 25, as partidas começarão às 11h e às 15h, até a decisão de 3º lugar. Depois de hoje, o torneio terá mais 63 jogos, 16 deles de mata-mata. 

Muitas curiosidades Esta será a 21ª edição da Copa, a 11ª realizada na Europa – bem à frente da América do Sul, que recebeu o torneio cinco vezes. Por outro lado, será a primeira vez que a Rússia receberá o Mundial.

O curioso é que, de tão grande que é a Rússia, dá para dizer que esta será a primeira vez em que dois continentes receberão a Copa. Isso porque o país anfitrião é o maior do mundo, com mais de 17 mil km² de território, sendo 75% dele se espalhando pelo norte da Ásia. Só para se ter ideia, o país tem nove fusos horários, e quatro deles serão utilizados durante o Mundial.

Assim como no Brasil, há quatro anos, a Copa terá 12 estádios, só que dessa vez em 11 cidades, pois dois ficam em Moscou. Apesar da extensão do país, todas as sedes ficam na porção europeia da Rússia. A mais ao leste é Ecaterimburgo, na região dos Montes Urais, cordilheira que separa a Europa da Ásia.

Isso ocorre porque, ao contrário do que diz o território, a maioria dos russos – 78% – vive na pequena porção europeia do país. As principais cidades – como Moscou, atual capital, e São Petersburgo, a antiga – também estão lá.

Outra curiosidade: apesar de ter o dobro do nosso território, a Rússia tem uma população bem menor do que a do Brasil: 146 milhões; por aqui, somos 210 milhões.

Com proporções tão épicas, a Copa da Rússia tem tudo para ser a de maior deslocamento de torcedores, pelo menos em questão geográfica. 

Um turista que sair de Sochi, no sul do país, for para Ecaterimburgo e de lá para Kaliningrado percorrerá nada menos que 4,5 mil km. Equivale a três viagens de Salvador a São Paulo.

Na última quinta-feira, a Fifa anunciou balanço mostrando que 2,4 milhões de ingressos já haviam sido vendidos. O público do Mundial do Brasil foi de 3,4 milhões.

Os russos também mostraram pouco interesse pelo maior torneio de futebol do mundo. O balanço da Fifa da última semana mostrou que 36% dos bilhetes foram vendidos ao público local. Em 2014, os brasileiros compraram 64% dos bilhetes.

O certo é que a maioria dos torcedores na Rússia será de estrangeiros. Por isso, será de fato uma Copa do Mundo.