Que terra é essa?

Por Aninha Franco

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Publicado em 11 de agosto de 2018 às 20:20

- Atualizado há um ano

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Recebi um torpedo midiático narrando que o Deputado Estadual Sargento Izidório disse à sua colega Deputada Estadual Luiza Maia “minha cobra quer comer sua aranha”. Pode parecer que foi uma cantada, mas foi um desaforo. Parece que os colegas se estranharam porque o Deputado/Sargento/Pastor/Ex-Gay chamou a intérprete Daniela Mercury de “demônia”, entre outras insolências, e a Deputada, autora da lei Antibaxaria, recriminou-o. É a ALBA pegando fogo. Mas eles que são aliados que se entendam.

Através de outro torpedo midiático, ontem, descobri a existência do Cabo Daciolo, que bombou no debate dos presidenciáveis de quinta-feira ameaçando expulsar Lúcifer, a estrela da manhã, do Congresso e do Palácio do Planalto. Corri ao Google para entender Daciolo e descobri que, como Jean Wyllis, ele foi alçado ao legislativo pelo PSOL. Wyllis via BBB, Daciolo via greve dos bombeiros de 2011, com participação especial de Sérgio Cabral que o prendeu e o recebeu no Palácio. Daciolo é messiânico como Bolsonaro, e um segundo turno entre os dois possivelmente traria Lúcifer à terra que um dia se chamou Vera Cruz.

Fora Daciolo e LulaPreso, parece que a campanha que se iniciará na próxima quarta-feira, começou em 2010, com Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin candidatos. O que fará diferença aos anos anteriores serão os embates de Daciolo com Lúcifer e a candidatura lulopetista com Lula candidato, preso, lançado várias vezes, preso, porque os lulopetistas desconfiam, e só nisso estou de acordo com eles, que o poste Haddad não chegará sequer ao segundo turno. Afinal, o Projeto Poste Dilma Rousseff deu no estocamento de 13 milhões de desempregados. 

A coisa está tão séria que uma lulista ferrenha me garantiu, nesta semana, que não vota em Haddad nem f.gostoso porque o cara foi uma tragédia de ministro da educação. Porque o cara embaralhou o Enem. Porque o cara tem cara de coxinha. Reparando bem, Haddad não tem barba e carrega a fisionomia de quem leu demais e não digeriu porque não teve com quem. Conversar com lulopetistas sobre leituras deve ser impossível.

Parece que só Lula é aquilo que o lulopetismo precisa para chegar ao Planalto Central, outra vez, e parece que não tem ninguém que faça esse trabalho. Como Lula está preso por corrupção, os petistas estão exigindo de Haddad, o real candidato do partido, que não se exponha muito para que a seita não descubra que Lula não é o candidato, que o candidato é um poste com cara de coxinha.

Não me chegou via torpedo, mas pessoalmente, que Diógenes Moura, amigo construído nos Anos Setenta, sem fissuras, estará hoje, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina, lendo trechos e autografando seu Livro de Monólogos da Editora Vento Leste. Na República_Af, quinta-feira, nós bebemos, comemos e cantamos o Poeta: “Todo dia é o mesmo dia, a vida é tão tacanha, nada novo sob o sol. Tem que se esconder no escuro quem na luz se banha por debaixo do lençol. Nessa terra a dor é grande e a ambição pequena:  Carnaval e futebol. Quem não finge, quem não mente, quem mais goza e pena é que serve de farol.”...

De que terra está falando o poeta, Diógenes Moura?