Quem tem medo da consciência humana?

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  • Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2018 às 05:05

- Atualizado há um ano

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O desafio da consciência humana é fazer com que a noção biológica da inexistência das raças alcance o campo social no qual a ideia de raça não é uma ficção. Socialmente, a raça é uma realidade concreta que só poderá ser desconstruída a partir de ações políticas de reparação aos efeitos históricos do racismo. Biologicamente, somos uma espécie. Socialmente, mitos ainda sustentam as ideias da superioridade e da inferioridade racial.

A consciência humana só existe a partir da compreensão da história. Ela não nos deixa esquecer que a África é o berço da humanidade, pois lá viverue a maioria das espécies da grande família humana. Essa família que existe há 7 milhões de anos e residiu exclusivamente na África durante 5 milhões de anos. Ela nos lembra de que a nossa espécie, Homo sapiens sapiens, surgiu no ambiente equatorial entre 300 e 200 mil anos atrás

Foi a consciência humana que nos ensinou, recentemente, que a cor da pele dos humanos começou a escurecer por volta de 2 milhões de anos atrás na medida em que o Homo habilis e o Homo ergaster foram perdendo os pelos que cobriam seu corpo. Assim, a nossa espécie, Homo sapiens sapiens, quando surgiu possuía a pele escura que nos protegia da incidência dos raios ultra violetas. Ela nos informou que uma parcela da humanidade voltou a ter pele clara há menos de 30 mil anos, porque a pele pouco pigmentada combina com as regiões frias do planeta e, possivelmente, os Autralopithcus possuíam pele clara embaixo dos pelos, há 3 milhões de anos.

Socialmente, as raças existem, foram construídas cientifica e filosoficamente para dividir a sociedade. O racismo não é uma ficção, é uma estrutura de poder que fomenta a morte através da desigualdade política, econômica e religiosa. Somos todos humanos, possuímos uma história em comum e o racismo faz parte dela, se não fizesse você não estaria lendo este texto, sobretudo, Steve Biko não teria criado a filosofia da consciência negra durante o Apartheid na África do Sul. A consciência da humanidade tem como sua principal luta o combate ao racismo, pois este é um fenômeno que atua contra a existência humana.

Carlos Átilla é professor e empreendedor.