Receita do sucesso: humor, fofoca e uma boa dose de ousadia

Bridgerton é primeira série assinada pela produtora Shonda Rhimes para a Netflix

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  • Ana Pereira

Publicado em 16 de janeiro de 2021 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto:Divulgação

O sucesso de séries como Downton Abbey e The Crown – além das adaptações dos romances de Jane Austen– já mostraram o interesse pelo universo da aristocracia inglesa. E a prova que ele é sempre renovável é o sucesso da primeira temporada da série Bridgerton, que estreou dia 25 na Netflix e já chegou aos 63 milhões de views em menos de um mês, tornando-se a 5ª maior produção original da plataforma em audiência.

E o que  Bridgerton tem para gerar tanta empolgação? Deixando de lado a maledicência das redes sociais – que atribui o sucesso apenas ao charme e às cenas quentes com o duque de Hastings – a série tem aquela mistura novelesca irresistível - humor, amor e intrigas - e a mão da poderosa produtora Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy/ How to Get Away With Murder), em seu primeiro trabalho para a Netflix.

Personagem central da temporada, o duque é vivido pele ator inglês/zimbabuense Regé-Jean Page. Ele é o partidão disputado pelas moças e suas mães interesseiras, como Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor), a mais velha entre as quatro mulheres do animado clã dos Bridgertons, que da título à série.

A escolha de um ator negro para o personagem principal não foi por acaso. Está alinhada com o debate mundial por novos padrões e mais diversidade - dentro e fora da ficção. Além do duque, vários atores  negros estão na trama, sem maiores problematizações sobre a questão racial. 

Incluindo a temperamental rainha Charlotte (Golda Rosheuvel). No caso dela, o criador da série, Chris Van Dusen, contou que se baseou nas evidências de que a rainha Charlotte (1744-1818) tinha ascendência africana.

Além desta e de outras ousadias (como uma trilha que mistura sucessos do pop em versões instrumentais com temas clássicos), a série apostou na química do casal principal, incluindo muitas cenas de sexo. “Bridgerton é algo como se Jane Austen conhecesse Gossip Girl e talvez algo tipo 45 Tons de Cinza”, brincou  Regé-Jean Page.  A série é baseada em uma coleção de livros famosa em muitos países, Os Bridgertons, de Julia Quinn. De 2000 a 2013, a autora americana lançou nove livros contando a história da família britânica e foi parar 19 vezes na lista dos mais vendidos do New York Times. No Brasil, os livros são publicados pela editora Arqueiro. A Netflix ainda não confirmou a segunda temporada, mas pelo sucesso, com certeza a novelinha picante ainda tem muita história pra contar. 

Agenda de Domingo

Depois da versão kids, o The Voice ganha uma edição exclusivamente para quem tem mais de 60 anos. É o The Voice+, reality musical que estreia neste domingo. A fórmula é a mesma, com o diferencial de trazer vozes experientes e provavelmente de pessoas que já têm história sólida com a música. E também sem a presença da plateia, como já aconteceu na finalização do The Voice Kids. Entre as novidades está a presença de Ludmilla, estreante como técnica. Ela se junta a Daniel (de volta ao jogo), Claudia Leitte (que já passou pelos outros dois) e a Mumuzinho (que substituiu Claudia no Kids). “Eu tinha o sonho de ser cantora e por onde passei eu queria que tivessem cuidado com meu sonho. Então, uma coisa que eu tenho muito cuidado é com o sonho das pessoas.”, diz Ludmilla Globo, neste domingo, às 14h40. Ludmilla estreia no The Voice (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo) Enteléquia em cuba - O clipe ‘Enteléquia’, de Chris Fuscaldo, será lançado em live comandada pela jornalista e cineasta Ceci Alves, neste domingo, às 17h. Gravado em Cuba, o trabalho encerra a divulgação do primeiro álbum de Chris, , Mundo Ficção, e abre caminho para ela se dedicar ao projeto Eu, Chris e Taís, paralelo da artista com a cantora, compositora e instrumentista Taís Salles.  O encontro regado a boas histórias e detalhes sobre a produção acontece no YouTube de Chris Fuscaldo, com retransmissão pelo Facebook da ¡Candela! Produções Audiovisuais.

Música para animar o fim de semana

Funk e pagode - O cantor, compositor e instrumentista Matheus VK lançou nas plataformas digitais o single Água na Boca com feat de Késia Estácio com vídeoclipe dirigido por Júlia Rocha e Daniel Venosa. Água na Boca é uma parceria de VK com Rafael Mike (fundador do Dream Team do Passinho), que trouxe um flow único para a melodia. A música, produzida por Kassin, Lux e Troia, apresenta uma mistura de funk com pagode baiano. Esse encontro Rio - Bahia molda o som do artista, que é baiano radicado no Rio de Janeiro.. https://youtu.be/BcTgWp3apLw e https://links.altafonte.com/aguanaboca  Romântica - Depois de criar novas leituras para sucessos de Marília Mendonça e do Psirico, em singles lançados pela Biscoito Fino, Belô Velloso investe agora em um clássico do pagode romântico, lançado em 1995 pelo grupo Raça Negra. Ela regravou É Tarde Demais, em parceria com Luciano Salvador Bahia. Ouça https://orcd.co/etardedemais.

Sons do Pará  - A cantora e compositora paraense Thais Badu lançou nesta sexta o single Nada é em Vão. A canção precede o lançamento do seu álbum de estreia, Mama System (Natura Musical), que será apresentado para o público no fim de janeiro. Com direção de Lucas Mariano e produção de Juca Culatra, o clipe visita a infância de Badu, personificada na atriz mirim Dandara Da Hora. Foi gravado no tradicional Conservatório Carlos Gomes, em Belém (PA), onde a cantora e compositora estudou teoria musical, violão clássico e canto lírico durante cinco anos. Thais criança encontra com Thais adulta, reforçando a mensagem da música onde ela diz que, com esforço e dedicação, seus objetivos podem ser alcançados. https://youtu.be/vAc4j2K5UK4