Rede social vai oferecer seleção de vaga para voluntários; veja como participar

Lançamento da plataforma aconteceu em Salvador, nesta terça-feira (13)

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 20:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Os olhos azuis de Gabriel Granjo revelam sonhos que ele mesmo não consegue verbalizar. Aos 18 anos, o garoto ingressou no curso de Relações Internacionais e confessa que já se imaginou em vários cargos. Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) são apenas algumas das possibilidades que vislumbra. Gabriel já é voluntário e sonha alto (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Assim como um bilhão de pessoas espalhadas pelo mundo, segundo estima a ONU, Gabriel se dedica ao trabalho voluntário. Para unir os amantes desse tipo de atividade no Brasil, foi fundado nesta terça-feira (13) o Viva Voluntário, iniciativa Governo Federal em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O Viva Voluntário é uma plataforma digital que funciona como uma espécie de rede social. O funcionamento é bem simples: basta acessar o www.vivavoluntario.org e se cadastrar. Na mesma plataforma, instituições podem se candidatar e abrir seleção de vaga para voluntários. É possível concorrer a atividades pontuais ou continuas, presenciais ou virtuais, e em diversas cidades brasileiras.

O lançamento do aplicativo em Salvador aconteceu no auditório do Campus Tancredo Neves (CTN) da Unifacs e contou com a presença da reitora Márcia Barros; da Coordenadora do Programa de Voluntariado das Nações Unidas Renata Cunha, e Luã Lessa, gestor da ONG TETO na Bahia. 

Segundo Márcia Barros, a Universidade tem um papel fundamental na promoção do voluntariado. Na Unifacs, segundo ela, existem medidas que incentivam os alunos a realizar esse tipo de atividade como extensão para complementar seus cursos de graduação.“A universidade tem o dever de formar tanto profissionais para o mercado, quanto seres humanos”, aponta.Estudante do Bacharelado Interdisciplinar (B.I) em Humanidades na Universidade Federal da Bahia (Ufba), Veida Marcos, 19, ingressou em uma ONG há quatro meses. A instituição escolhida pela jovem atua em 19 países da América Latina e tem como objetivo superar a pobreza em suas regiões de atuação.“Após entrar na ONG passei a ter mais consciência. Acho que essa é a palavra. Comecei a perceber outras realidades e esse é o meu foco no trabalho que desempenho”, explica. Estudante, Veida se dedica a uma ONG há quatro meses (Foto: Arisson Marinho) Mercado de trabalho Coordenador do curso de Relações Internacionais na Unifacs, Murilo Deiró Neto aponta que, além de oferecer crescimento pessoal e ajudar na construção de um mundo mais justo e igualitário, o voluntariado traz benefícios profissionais.

Segundo ele, os estudantes que atuam neste tipo de trabalho conseguem desenvolver “expertises sociais”. Ou seja, aprendem a lidar com pessoas e instituições com maior facilidade.

“Na última sexta-feira, por exemplo, um grupo de alunos estava em contato com a Polícia Federal para mediar a retirada de documentos de um grupo que veio para o Brasil e estava com dificuldades. É uma via de mão dupla. A pessoa que necessita de suporte recebe ajuda qualificada e os alunos se desenvolvem em suas futuras profissões”, explica.

Algumas das instituições que já são parceiras do programa são a Cooperativa de Reciclagem e Serviços do Estado da Bahia, o Grupo de Apoio à Criança Com Câncer, o Junior Achievement Bahia, o Ruas da Bahia, o Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente, a Creche Escola Comunitária Professora Helenita Gomes Pereira de Assis, além da Sociedade 1º de Maio de Novos Alagados.

*Sob supervisão da subeditora Fernanda Varela.