Regina Casé volta aos palcos nesta quarta-feira (23) após 25 anos

'O espetáculço fala muito sobre o meu caso de amor com Salvador', conta apresentadora

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  • Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 12:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A atriz e apresentadora Regina Casé, 64 anos, estreia seu solo Recital da Onça na Barroquinha hoje, no Espaço Cultural da Barroquinha. O monólogo marca a volta dela aos palcos teatrais depois de mais de 25 anos. 

Com uma forte relação com a Bahia - Regina esteve em Salvador pela primeira vez na adolescência, retornou outras vezes e atualmente tem uma casa no bairro do Santo Antônio Além do Carmo - a atriz aproveitou para fazer uma temporada longa da apresentação até fevereiro. 

“O espetáculo fala muito sobre o meu caso de amor com Salvador, que é muito antigo. Tanto que comprei uma casa aqui e sempre tento passar o maior tempo possível. Eu quis fazer uma coisa intimista, num lugar pequeno. Por isso o maior número de dias”, explica a apresentadora. (Foto: Arquivo pessoal) A mistura de recital e monólogo tem texto dela e de Hermano Vianna e direção de Estevão Ciavatta e Hamilton Vaz Pereira. No enredo, sua personagem recebe o convite de Harvard para inventar um novo formato para palestras sobre literatura brasileira para estrangeiros. Ela precisa ensaiar suas propostas antes da viagem, a partir de textos de nossos grandes autores.

A plateia a ajuda nessa missão e a enfrentar seu pavor de aeroportos, da imigração americana e do frio do inverno americano. “É um recital com textos de diversos autores, costurados por impressões e emoções minhas. Converso muito com o público e ele me ajuda a construir o espetáculo. Estava morrendo de saudades dos palcos”, completa.Vai lá: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/ n). Nesta quarta (23), quinta (24), 30, 31 de janeiro; e 6 e 7 de fevereiro, às 19h. Ingresso: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Vendas no Sympla e livrarias LDMDiversão de Verão 2009

O recital com Regina Casé faz parte do projeto Diversão de Verão 2019, que promete agitar ainda mais a cidade com a programação de verão especial nos espaços culturais municipais, administrados pela Fundação Gregório de Mattos (FGM). Até o final de fevereiro, vai ter muita opção de teatro, música, literatura, culinária e outras atividades culturais no Espaço Cultural da Barroquinha, Teatro Gregório de Mattos (TGM) e Casa do Benin.

“O Diversão de Verão marca a estação mais iluminada da cidade com uma programação diversificada, eclética, pontuada por apresentações das mais variadas linguagens artísticas. De Regina Casé a Mariene de Castro, dos ensaios abertos de João Falcão, a culinária cultural de Jorge Washington, recheados pelos tambores de Mônica Millet, tudo se congrega às Feministas de Muzenza e promove encontros e parcerias. Que venha o sol, a diversão e a arte!”, exalta o presidente da FGM, Fernando Guerreiro.Santo de Casa – Mariene de Castro volta ao pátio do Espaço Cultural da Barroquinha com o show “Santo de Casa”, sempre às sextas-feiras, nos dias 25 de janeiro e 8 e 22 de fevereiro, sempre às 18h. A sambista promete fazer um passeio por toda a carreira, cantando seus maiores sucessos. No primeiro show da temporada, quem sobe ao palco com a diva baiana é Elba Ramalho e Filhos de Gandhy, com ingressos a R$60 e R$30 (meia). (Foto: Divulgação) Feministas – “As Feministas de Muzenza - Uma Comedia Afro-Baiana” chega ao Espaço Cultural da Barroquinha nos próximos dois finais de semana (dias 19, 20, 26 e 27) e domingos (20 e 27), sempre às 19h. O espetáculo com texto de Aidil Linhares e Cleise Mendes, dirigido por Luis Bandeira e encenado pela Cia. Gente de Teatro da Bahia conta a história da luta de várias mulheres que tentam criar um movimento feminista. A peça é uma alegoria que critica os costumes e expõe o contexto vivenciado no estado da Bahia a partir de meados da década de 90, quando ocorre o “boom” do turismo centrado em uma ideia de baianidade afrobarroca. Os ingressos custam R$20 e R$10 (meia). Kaiala – Sulivã Bispo volta aos palcos de Dona Barroca com o espetáculo Kaiala, nos dias 9, 10, 16 e 17 de fevereiro, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 17h. Kaiala conta a história de uma menina de 10 anos, iniciada no candomblé de tradição angola, que foi assassinada em um ato de intolerância religiosa quando o terreiro foi invadido por um grupo de evangélicos que quer por fim aos cultos de matriz africana. Neste primeiro solo, Sulivã Bispo apresenta essa narrativa a partir de três pontos de vista: a avó, o irmão de santo e a evangélica, evocando a discussão de temas como racismo, intolerância religiosa e a morte sistemática de jovens negros no Brasil. Estreado em 2016, sob a direção de Thiago Romero, com esta obra Sulivã foi indicado a Melhor Ator no Prêmio Braskem de Teatro do mesmo ano. Os ingressos custam R$30 e R$15 (meia). (Foto: Andréa Magnoni/Divulgação) Exposição – Na Galeria Juarez Paraíso, no Espaço Cultural da Barroquinha, prossegue com sucesso a exposição Orixás da Bahia, de quarta a domingo, das 14h às 19h. A mostra foi criada em 1973 por D. Elyette Magalhães – mulher de personalidade forte, ideias e visão além do próprio tempo No ato de criação do Museu da Cidade, em julho de 1973, dedicou uma sala inteira aos orixás, criados pelo artista plástico Alecy Azevedo e acompanhado pela assessoria de Mãe Meninha do Gantois. São 16 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel marchê. A curadoria atual tem assinatura do artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista, Maurício Martins, com consultoria religiosa de alguns membros do Terreiro do Gantois. Martins projetou um cenário que promove um diálogo entre elementos da ancestralidade e da contemporaneidade. Culinária Musical – No dia 10 de fevereiro, a Casa do Benin, no Pelourinho, abre as portas para o Culinária Musical de 2019, a partir do meio-dia. O espaço é uma novidade, mas os ingredientes que fazem o sucesso do projeto Culinária Musical continuam os mesmos. A boa gastronomia fica a cargo de uma deliciosa feijoada preparada pelo afrochef Jorge Washington. Já a música é comandada pelo samba do grupo Quinteto, formado por Flavinho Sacramento (cavaquinho e voz), Ricardo Negrão (surdo e voz), Neném Madeira (tantan e voz), Chimby (reco-reco e voz) e Quinto (violão e voz) e convidados. As performances artísticas com uma apresentação de Stiletto (dança com salto alto) são realizadas por Elivan Nascimento e Daiana Damasceno, e coreografia afro apresentada pelo casal Nildinha Fonseca e Zé Ricardo, bailarinos do Balé Folclórico da Bahia, que se juntam ao filho Caio Fonseca na performance Arte em Família. A moda está garantida com o desfile da grife Nega Negona, da estilista Claudia de Jesus. Tudo isso em um ambiente de descontração e encontros de amigos. A iniciativa do ator, diretor e produtor cultural Jorge Washington de reunir boa música em torno de pratos da culinária popular baiana consolidou-se como um grande evento cultural da cidade de Salvador, reunindo grandes nomes da música, da moda e das diversas linguagens artísticas e atraindo um público cada vez maior a cada edição. Além da tradicional feijoada, o prato preferido dos brasileiros, o afrochef Jorge Washington promete preparar outras delícias como tira-gostos para acompanhar a cerveja gelada e o samba desta primeira edição do ano do Culinária Musical. A entrada custa R$15 (em espécie) e o prato, R$30 (dinheiro ou cartão). Mestras do Saber – Nos dois sábados próximos sábados, dias 19 e 26, às 10h30, a Casa do Benin também recebe mais três edições do "Mestras do Saber - Vivências Percussivas com Mônica Millet". No encerramento do projeto, acontecerá uma roda percussiva aberta. Para quem gosta de arte, a exposição permanente com obras do acervo pessoal de Pierre Verger está aberta ao público, na Casa do Benin de segunda a sexta, das 9h às 17h. Gregório – Já no Teatro Gregório de Mattos (TGM), segue aberto ao público o Memorial GREGÓRIOS, de quarta a domingo, das 14h às 19h, com parte do acervo exposto na exposição interativa. Ambientada num circuito dinâmico e criativo, com diversas texturas, composta pela vasta obra creditada a Gregório de Mattos, a mostra propõe criar uma atmosfera seiscentista da Salvador do poeta, por via da iluminação, dos sons, de imagens e objetos que certamente vão transportar os visitantes àqueles tempos em que a capital da Bahia já se fazia majestosa e a mais importante cidade das Américas. Como parte integrante da exposição, foi destinado um espaço retratando a trajetória da Fundação Gregório de Mattos, criada em 1986 e que, ao longo de três décadas, se firmou como uma instituição importante para alavancar ações e projetos culturais em Salvador. GREGÓRIOS foi o último trabalho assinado pelo artista plástico e cenógrafo Joãozito, e, após seu falecimento, o projeto vem sendo tocado pela viúva e artista plástica Lanussi Pasquali.