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"Tinha medo até das férias: quando chegava o prazo de vencer, passava o mês fazendo cursos", revelou Flávia Motta
Maryanna Nascimento
Publicado em 6 de novembro de 2017 às 06:00
- Atualizado há um ano
Flávia Motta, coach que já esteve de cara com a Síndrome de Burnout
"Não cheguei a ter o esgotamento típico da Síndrome de Burnout, mas era viciada no trabalho. Abandonei a minha família, não telefonava sequer para os meus pais; com relacionamento amoroso dizia que não tinha tempo; amigos, nem pensar. Chegava no trabalho primeiro e saía por último. Eu só queria trabalhar, porque era a minha única fonte de prazer. No final de 2009, todos na minha empresa foram demitidos, menos eu. Ressaltaram que era pelo meu perfil de muita dedicação e isso pesou. Tinha medo até das férias: quando chegava o prazo de vencer, passava o mês fazendo cursos... Mas chega uma hora que a vida manda o boleto. Me senti triste, com um vazio. Parecia que o trabalho não me preenchia como antes. Busquei terapia e fui diagnosticada com depressão. Mas não quis dar continuidade porque tinha que tomar remédio. Então passei por um processo de life coach e fiz uma repaginada de todas as áreas de minha vida. Vi que só a profissional estava ‘feliz’, mas todas as outras estavam acabadas. Não saí do emprego, mas comecei a ter ações para entrar em equilíbrio. Cuidei de mim, conheci pessoas e só aí as coisas começaram a entrar no eixo."