Relator recomenda prosseguimento da denúncia da PGR contra Temer

Esta é a primeira etapa do trâmite da denúncia na Câmara

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  • Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2017 às 16:59

- Atualizado há um ano

(Foto: ABr)O deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator na Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer, recomendou nesta segunda-feira (10) o prosseguimento do processo. 

Esta é a primeira etapa do trâmite da denúncia na Câmara. Conhecidos os argumentos do relator e da defesa, os deputados discutirão ao longo da semana o mérito do parecer apresentado por Zveiter para, então, votar o relatório. A etapa seguinte é a votação em plenário, onde a denúncia precisa receber pelo menos 342 votos para ser aceita - independente do resultado na comissão, o parecer vai a votação no plenário.

Continue acompanhando a sessão:

MudançasO deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores de apoio da base aliada do governo, disse que até o momento foram substituídos 12 membros na CCJ. Mansur esteve no fim de semana com Michel Temer e afirmou que o presidente está trabalhando intensamente para garantir a maioria de votos para impedir a aprovação da denúncia.

“Nós vamos ter esse trabalho de arregimentar os votos dentro da CCJ para derrubar qualquer tipo de denúncia contra o presidente e deveremos sim ter depois disso um trabalho intenso junto ao plenário”, disse.

A acusação de corrupção passiva contra o presidente foi apresentada no mês passado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, para ter prosseguimento perante a Justiça, deve ser autorizada pela Câmara dos Deputados. Esta é a primeira etapa do trâmite da denúncia na Câmara.

Para ser aprovado na CCJ, o relatório precisa ter o apoio de pelo menos 34 deputados dos 66 titulares da comissão. Mansur acredita que a base governista pode vencer com votos de 41 a 44 deputados. E adiantou que a troca de membros ainda não acabou, um ou dois ainda podem ser substituídos.

"Essa é uma questão política. A denúncia é muito fraca, com uma séria de suposições, que agora com a defesa dos advogados do presidente Michel Temer vai ser derrubada ponto a ponto. Agora, a questão é política e é na política que vamos ganhar na CCJ", afirmou.