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Brasil não condenou ataque que matou general iraniano Qassem Soleimani
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 23:23
- Atualizado há um ano
O Ministério das Relações Exteriores disse nesta segunda-feira (6) que a encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, Maria Cristina Lopes, foi convocada pela chancelaria iraniana. A conversa foi reservada e não terá o conteúdo divulgado, segundo o Itamaraty.
Na última semana, o general iraniano Qassem Soleimani foi morto em ataque ordenado pelos EUA. O presidente Donald Trump afirmou que deu a ordem para interromper uma guerra, não começar uma.
Um dia depois, o Itamaraty divulgou nota afirmando apoiar a "luta contra o flagelo do terrorismo". O governo ainda condenou um ataque à embaixada dos EUA em Bagdá, no Iraque, onde Soleimani foi morto. O governo brasileiro não condenou a ação que matou o general.
"Informamos que a Encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, assim como representantes de países que se manifestaram sobre os acontecimentos em Bagdá, foram convocados pela chancelaria iraniana. A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática", diz o Itamaraty.
Poderio Depois do ataque, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o Brasil não iria se manifestar porque não tem "poderio bélico" para comentar o caso. A fala foi antes da nota do Itamaraty ser divulgada.
Bolsonaro disse que Brasil e EUA são aliados em várias questões.
"Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria", afirmou.