Rio Grande do Norte tem novas mortes em presídio e Forças Armadas vão ocupar as ruas

Alguns feridos foram retirados de dentro da unidade e a Polícia Militar afirmou que havia mortos no local após um confronto entre grupos rivais

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 07:15

- Atualizado há um ano

Homens do Exército, Marinha e Aeronáutica vão voltar às ruas de Natal a partir desta sexta-feira (20) para combater a onda de terror instalada no Rio Grande do Norte desde a rebelião que deixou 26 mortos ma Penitenciária Estadual Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal. A ida das forças armadas para o estado foi autorizada presidente Michel Temer. Ao todo, 1.200 homens vão integrar a Operação Potiguar 2, que segue até o dia 30 deste mês.De acordo com o Exército, a operação vai seguir os mesmo moldes da primeira intervenção militar realizada em agosto do ano passado. Na ocisão, os militares ocuparam as ruas de Natal e Região Metropolitana por 21 dias depois de uma série de ataques. Os agentes serão deslocados dos estados de Pernambuco, Paraíba, além do interior do Rio Grande do Norte.Presos voltaram a se rebelar na Penitenciária Estadual do Alcaçuz, no Rio Grande do Norte (Foto: AFP)Ontem, os detentos voltaram a se rebelar na Penitenciária de Alcaçuz. Em imagens, foi possível ver alguns presos portando arma de fogo. Policiais militares do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do Rio Grande do Norte entraram no presídio por volta das 17h.

Alguns feridos foram retirados de dentro da unidade e a Polícia Militar afirmou que havia mortos no local após um confronto entre grupos rivais. O número de mortos, no entanto, não foi divulgado. O diretor da unidade, Ivo Freire, também foi ferido de raspão por estilhaços de tiros. Homens do Bope, Choque e do GOE passaram a noite na área administrativa da Penitenciária e hoje será decidido como a operação de retomada do controle da unidade será realizada. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, anunciou que vai construir um muro no local para separar as facções rivais. As rebeliões no Rio Grande do Norte tiveram início no último final de semana. Presos ligados ao grupo PCC invadiram alas onde estavam membros do grupo rival Sindicado do Crime. O motim durou cerca de 17h e deixou 26 mortos. Um onda de terro se instalou pela cidade. ônibus foram incendiados e delegacias de polícia atacadas.

O governo do Rio Grande do Norte iniciou negociações com os chefes das facções para retomar o controle no presídio, mas nos dias que se passaram, novas rebeliões foram registradas em penitenciárias da capital e do interior.  [[saiba_mais]]