Rodoviários de Salvador decretam estado de greve; prefeitura negocia

Categoria busca resolver problemas com empregadores, como a escala de Carnaval, depósito de FGTS e gratificação por metas

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 11:33

- Atualizado há um ano

Os motoristas e cobradores de ônibus de Salvador podem cruzar os braços a qualquer momento. Isso porque a categoria anunciou, na manhã desta quinta-feira (16), que entrou em estado de greve – procedimento anterior à paralisação – por conta de insatisfações com o patronato. Numa assembleia, na terça-feira (14), a medida foi definida.

Segundo Hélio Ferreira, que preside o Sindicato dos Rodoviários, o anúncio visa a pressionar os donos de empresas para atender demandas dos empregados. “Estamos com pendências na escala de Carnaval. Algumas empresas querem colocar os trabalhadores para atuar todos os dias, sem folga. Além disso, há empresas que não vem depositando o FGTS dos trabalhadores há oito meses”, citou ele.

O secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, informou que uma reunião com o Sindicato dos Rodoviário, marcada para a tarde desta sexta-feira (17), deve definir a questão que envolve a ameaça de greve da categoria.

"Não vai acontecer. Estamos conversando há cerca de oito dias e a pauta já está quase toda pronta. Hoje (sexta), às 14h, haverá uma reunião entre os rodoviários e a Associação das Empresas de Transporte de Salvador (Integra). Pelas conversas, a gente aposta que sairá de lá com um acordo", disse o secretário ao CORREIO.

Ferreira cita a questão das metas não atingidas pela categoria por questões externas, e propõe uma solução negociada para o caso. “Fizemos um acordo (com os patrões) para buscar atingir a meta de 28 milhões de passageiros, mas devido ao transporte clandestino, isso não foi possível. Apesar de não termos atingido essa meta, conseguimos alcançar outras, como a redução no consumo de óleo diesel, a velocidade nas vias”, disse o sindicalista, ao destacar que a gratificação não foi paga.

Segundo ele, ainda não há sinalização dos patrões sobre novas conversas. O CORREIO tentou, durante todo o dia, contato com a direção da Associação das Empresas de Transporte de Salvador (Integra), para falar sobre o assunto, mas obteve sucesso.