Rodrigo Andrade: 'lavava carro para ter dinheiro para treinar'

Novo volante do Vitória foi apresentado nesta quarta-feira (14), na Toca do Leão

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  • Fernanda Varela

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 11:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória

Rodrigo Andrade ainda não tem um nome consagrado no futebol. Com apenas 20 anos, o jovem chega ao Vitória como aposta, após fazer uma boa Série B com a camisa do Paysandu. Ele, que assinou contrato com o Leão por três anos e teve 50% dos seus direitos econômicos adquiridos, foi apresentado nesta quarta-feira (14), na Toca do Leão, e revelou que ralou muito para, hoje, ser um jogador profissional.

Rodrigo contou que, quando era adolescente, lavava carros para ter dinheiro e pegar o ônibus que o levava para os treinos. “Ralei muito para entrar no futebol. Lavava carro para ir para o treino. Minha família não tem ninguém que joga futebol. Meu pai falou ‘pode ir, é o único futuro que você tem, já que você não gosta de estudar mesmo’. Tinha um lava-jato do meu primo na frente da minha casa, aí o treino começava às 8h. Eu acordava às 6h, lavava carros para conseguir o dinheiro do ônibus e ia. Sofrer é normal, todo mundo sofre na vida”, conta ele, que chegou ao Paysandu quando tinha 14 anos e estreou no profissional aos 16.

Comemorando o fato de ter chegado a um grande clube do futebol brasileiro, o volante contou ainda que tem uma motivação especial para entrar em campo e falou sobre suas características. "Graças a Deus estou em um time grande. Hoje, eu jogo pelo meu filho, de dois anos”, revela. “Eu acho que volante não tem só que marcar. Sou volante moderno, que sempre chega, e sempre quando dá faço um gol", completa.

No ano passado, Rodrigo Andrade fez 44 partidas pelo Paysandu e marcou cinco gols. Com a camisa alviceleste, conquistou dois títulos do Campeonato Paraense e uma Copa Verde. Em 2018, ainda não entrou em campo.

O jogador desembarcou há pouco tempo em Salvador e já tem seu primeiro desafio: manter-se em boa forma física. No começo do ano, ele foi afastado do Paysandu devido ao alto percentual de gordura no corpo. No Vitória, precisará manter o foco na dieta. “Por causa das férias, eu relaxei um pouco. Nessa época de festa, em Belém, engordei um pouco. Conversei com o professor, que disse que estava acima do peso. Mas continuei trabalhando e agora estou no peso ideal", garante.

'Padrinho' de responsa No Paysandu, Rodrigo Andrade jogou com um ídolo rubro-negro: Vanderson. Aquele mesmo, o Pitbull. Ele, inclusive, consultou o ex-jogador antes de assinar contrato com o Vitória. "Tive a honra de jogar com Vanderson. Quando meu empresário falou do Vitória, procurei logo falar com ele, e ele falou ‘pode ir porque é um grande clube e que vai te receber de braços abertos’, aí eu vim”, conta.

Ídolo também no Paysandu, clube no qual se aposentou no final de 2014, Vanderson atualmente é coordenador das divisões de base do Papão.