Rui encontra barreira na própria base da Assembleia para aprovar mudança na previdência

por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 15:25

- Atualizado há um ano

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A articulação política do governo Rui Costa (PT) encontra resistência para assegurar apoio de parlamentares da base aliada na Assembleia ao projeto de lei que eleva, de 12% para 14%, a contribuição previdenciária paga pelos servidores. A principal barreira vem dos deputados do PT, PCdoB e PSB, partidos que formam o núcleo central da esquerda na Casa e são historicamente ligados ao funcionalismo público. Nos corredores do Legislativo, integrantes da três siglas não escondem o temor com a posição favorável à proposta, batizada pela oposição de “Reforma da Previdência de Rui”. Como os servidores compõem uma fatia significativa do seu eleitorado, acham que eles pagariam a conta, ao contrário de outras legendas governistas, cujo votos têm origem no centro e na direita.

Faça o que eu faço O mal-estar ainda é maior por causa da campanha dos petistas, comunistas e socialistas contra a reforma da Previdência em tramitação no Congresso. Avaliam que perderão voz para criticar a proposta do governo federal.

Palavra de negação Em relação à nota “Casa de marimbondo”, publicada na Satélite de ontem, o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes, classificou como “falsa” a notícia  sobre seu pedido de demissão do comando do órgão. Por meio de comunicado enviado pela assessoria de imprensa do Detran, Gomes negou ainda que tivesse, em um primeiro momento, mandado recolher e suspender todas as assinaturas eletrônicas em carteiras de habilitação e documentações veiculares emitidas em seu nome, mas não enviadas. Em tempo: a coluna mantém as informações noticiadas e confirmadas previamente por dirigentes do Detran e fontes com livre trânsito no Palácio de Ondina.

Por trás da cortina A iminente troca de comando no Detran, cota que foi destinada ao deputado federal João Carlos Bacelar (Podemos) pelo governo Rui Costa (PT), ultrapassa os limites das costuras políticas. Segundo apurou a Satélite, tem como pano de fundo conflitos de interesse em torno do milionário negócio das placas do Mercosul, previstas para entrar em vigor na Bahia no próximo dia 17.  No meio da confusão, há ainda desgastes por conta das dívidas acumuladas pelo órgão estadual de trânsito nos últimos anos.

Longe demais Ventilado como possível nome do PP na disputa pela prefeitura de Salvador em 2020, o deputado federal Cacá Leão garantiu que o tema sequer entrou em sua lista de prioridades. “Primeiro, é bom lembrar que meu domicílio eleitoral é Lauro de Freitas. Segundo, candidatura desse porte não depende de vontades pessoais, é  resultado de uma construção maior, que envolve muitos atores e variáveis. Não descarto a hipótese, mas tem muita água para rolar debaixo da ponte”, afirmou."O governo pecou nesse processo, com falta de diálogo e  também de transparência para encaminhar uma questão importante de conservação da biodiversidade do Parque de Pituaçu", Renato Cunha, dirigente do Grupo Ambientalista da Bahia e membro do Conselho Gestor do parque, sobre o decreto do governador Rui Costa que alterou a poligonal da área, segundo ele, beneficiando construtoras com projetos na região de PituaçuDas duas, uma Parlamentares baianos com experiência em legislação fiscal têm optado pelo silêncio durante os encontros no Congresso com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Como acham que ele ou é ingênuo ou desconhece normas que regem a área, preferem ficar calados.