Rui volta a criticar distribuição de vacinas do governo federal: 'Menos para a Bahia'

Ele defendeu que seja feita uma destinação proporcional à população dos estados

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2021 às 14:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo

O governador Rui Costa voltou a reclamar nesta sexta-feira (23) da distribuição das vacinas contra covid-19 no país. Segundo ele, o governo federal não tem feito uma destinação igualitária entre os estados e isso prejudica o andamento da imunização. 

"O critério mais justo, mais correto, seria distribuir proporcional à população de cada cidade e estado. Isso não foi feito e não está sendo feito. A Bahia recebeu menos 750 mil doses de vacina por não estar sendo utilizado o critério estritamente populacional. E o pior, essa semana anunciaram que vão dar doses extras para os estados que têm fronteira com outros países. Se todas as variantes que existem no mundo já estão no Brasil, qual sentido de reforçar vacinação nas fronteiras se o inimigo já está dentro de casa? Reforçar a grade de casa quando o ladrão já está dentro? Serão menos vacinas ainda para a Bahia e queremos que isso seja corrigido", afirmou Rui, durante lançamento de uma policlínica em Itaberaba.

Rui falou também da dificuldade para importar a vacina Sputnik - a Bahia tem acordo para compra de 10 milhões de doses. "Infelizmente a Anvisa está fazendo corrida de obstáculos. Colocou inicialmente 28 obstáculos. A cada dia que se resolve um, ela coloca outro. Para piorar, essa semana o ministro deu declaração que não tinha mais interesse em nenhuma vacina para o Brasil. Nós governadores resolvemos formalizar um documento perguntando qual a posição oficial do ministério. E o Fundo Russo também quer saber. Pra gente não instistir algo, só posso importar se ministério e Anvisa autorizarem. Se não querem, a gente bota um ponto final nisso. Eles têm atrapalhado à chegada no Brasil das vacinas, desde a Pfizer, que ofereceu 70 milhões no ano passado", criticou.

Política O governador também comentou uma reportagem do Estado de S. Paulo que relata uma suposta ameaça feita pelo ministro da Defesa Braga Neto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para tentar pressionar pelo voto impresso. "Graças a Deus ele negou (ter feito isso), um absurdo tão grande, ministro de Estado ameaçar a população, querer tirar o direito do voto. Graças a Deus ele negou, melhor assim", disse Rui, que em seguida enalteceu a urna eletrônica. "Acho que a urna eletrônica, o método de eleição no Brasil, é o mais moderno do mundo. Ao longo dos anos se elegeu todo mundo. Prefeito do partido A ou B, governador, presidente da República. Ninguém tem que reclamar porque a urna trata da vontade popular", disse.

Questionado sobre se pretende ser candidato ao Senado, Rui desconversou e afirmou que a única certeza que tem agora é de que irá ser governador da Bahia até o fim do ano que vem.  Faço parte de um grupo político. O que vamos fazer, o papel de cada um de nós é garantir a unidade desse grupo, dialogando com o presidente Lula, que vem aqui em agosto. Vamos conversar sobre isso", disse.