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Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2019 às 11:13
- Atualizado há um ano
Salvador é uma cidade de muitos contrastes sociais e econômicos que se apresentam como verdadeiros entraves para o seu progresso. Durante muito tempo, esses problemas foram deixados de lado e se fortaleceram por todo o território da primeira capital do Brasil. Mas um olhar apurado, uma boa estratégia e muito trabalho têm ajudado a transformar a cidade, devolvendo o entusiasmo, a confiança e criando oportunidades para o desenvolvimento.
Diante dos problemas apresentados no início da gestão, o primeiro passo foi arrumar a casa e só depois implementar ações que criassem um ambiente equilibrado e propulsor. Foi dentro desse contexto que surgiu o Salvador 360, o maior programa de ativação econômica e geração de renda da história da capital baiana e que fez a cidade seguir na contramão da crise do país.
Lançado em 2017, as 360 ações do programa foram divididas em oito eixos e divulgadas de forma gradativa. Em dois anos, cerca de 60% do programa já foi concluído. O eixo Simplifica, que atua para desburocratizar os processos, já entregou 83% das ações; e o eixo Negócios, que visa atrair e potencializar os empreendimentos, concluiu 62%. Nesses dois anos, as ações já deixaram marcas relevantes na cidade.
Os resultados podem ser vistos na evolução da geração de emprego. Atualmente, Salvador ocupa a 5ª posição na criação de novos postos de trabalho entre as capitais do país, além de liderar a geração de empregos formais no Nordeste nos primeiros três meses do ano. Esses números são animadores porque a criação de novos postos de trabalho promove a inclusão e, assim, será possível mitigar a grande diferença social e econômica de Salvador.
Foi pensando nisso que o eixo Inclusão Econômica se estabeleceu para dinamizar e fortalecer a economia informal e promover a regularização fundiária, impactando e promovendo mudanças significativas diretamente na base da pirâmide. A prefeitura de Salvador já segue uma estratégia de investimento pesado nas áreas mais carentes da cidade: 76% do orçamento municipal é investido nesses locais.
Mas a atuação do município não para por aí. Em parceria com o Banco do Nordeste e o Sebrae, foi criado o Negócio POP (Programa Popular Produtivo), que tem o objetivo de alcançar cerca de 150 mil microempreendedores. Além do fomento ao empreendedorismo, o eixo Inclusão Econômica visa resolver a questão da moradia irregular em Salvador, um problema histórico. Com cerca de 3 milhões de habitantes, a capital baiana tem 1,8 milhão de cidadãos residindo em apenas 20% do território. Com a intenção de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e promover o ordenamento dessas áreas, o prefeito ACM Neto encaminhou à Câmara de Vereadores o projeto de lei que pretende criar um programa de Regularização Fundiária em Salvador. O programa alcança as 234 Zonas Especiais de Interesse Social que estão contempladas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. São cerca de 150 mil moradias onde as pessoas residem, têm a posse, mas não a propriedade.
Com a regularização, o cidadão será dono do imóvel, integrando, assim, a economia formal do município. Esse é o Salvador 360: um programa que olha para cada canto da cidade, atacando as mazelas, promovendo ações que contribuem para o desenvolvimento e que impactam de forma positiva economicamente e socialmente em toda capital baiana.
Sérgio Guanabara é secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo
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