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Paula Theotonio
Publicado em 21 de março de 2019 às 05:01
- Atualizado há um ano
Durante o mês de abril, mais de 70 cidades em 54 países celebram o Malbec World Day. Trata-se de uma iniciativa da Wines of Argentina (WOFA) para estimular o consumo da uva emblemática do país e divulgar o enoturismo portenho. Em sua 9ª edição, o evento será realizado pela primeira vez de maneira oficial em Salvador, entre os dias 12 e 14 de abril, na praça central do Shopping Barra. A iniciativa é do Clube Gourmet Bahia com apoio da WOFA, Consulado Argentino de Salvador e Câmara Empresarial de Comércio Argentina-Bahia.
Nesta estreia em solo soteropolitano, o evento mistura as já esperadas degustações de vinhos a palestras com sommeliers e aulas-show com chefs de Salvador. Os ingressos, que custam R$ 30 por dia e dão direito a uma taça para saborear os rótulos argentinos, já podem ser adquiridos neste link. Fundador e diretor do Clube Gourmet Bahia, Ivan Baldivieso conversou com esta colunista sobre os detalhes do evento.
O que esperar do Malbec World Day 2019 em Salvador? O Malbec World Day Salvador é muito mais do que um festival de vinho, com apenas feira e degustação de rótulos Malbec. Ele é um momento de celebração e promoção da cultura argentina. As pessoas que participarem do evento vão poder conhecer mais a fundo não apenas a Malbec, uva emblemática daquele país; mas também conhecerão o destino enoturístico. Vão poder aprender também um pouco da gastronomia argentina na nossa Cozinha Show, onde teremos seis chefs ensinando como preparar pratos que harmonizam bem com a Malbec. Teremos, ainda, palestras com sommeliers sobre o vinho e apresentação da companhia de dança ABATANGO. Portanto, o nosso intuito é fazer com que a experiência do público lá presente seja de uma verdadeira imersão na cultura argentina. Na sua opinião, Salvador é um bom mercado para vinhos argentinos? Os soteropolitanos têm um apreço maior pela casta? Salvador tem se mostrado um mercado bastante promissor para o vinho em geral. As pessoas daqui têm buscado aprender sobre vinhos. Prova disso é o sucesso do Bahia Vinho Show, evento iniciado em 2017, inteiramente dedicado ao universo do vinho e realizado pelo Clube Gourmet Bahia. Acho que aqui é um terreno fértil para todos os vinhos, inclusive os argentinos. No caso do Malbec, temos a sorte de ser um tipo de vinho que harmoniza muito bem com carnes assadas e na brasa, algo que o soteropolitano aprecia muito.
Quais especialistas já estão confirmados nesta programação? Teremos palestras com ninguém mais que o escritor e sommelier Euclides Penedo Borges (ABS-Rio), o sommelier Alexandre Takei (WSET 3), o sommelier internacional Pedro Luz; Jaime D’Oliveira, que integra o Instituto Brasileiro de Vinhos (IBRAVIN) e Walfran Lima, sommelier formado pela Napa Valley Wine Academy – Califórnia, tem WSET 3 e é Court Master Sommelier Certified.
Na Cozinha Show, teremos os chefs Jose Morchon, do La Taperia; Sandro Borges, do Varanda Gourmet; Raphael Bittencourt, do DOQ; Ricardo Silva, do Carvão; Anderson Livio, do Brazero Brasa Burger Beer; Carla Marzolla, do Cazola; e Gabriel Rodrigues, do La Boucherie, todos sob a curadoria de Caco Marinho, que é chef proprietário do DOQ American BBQ em Salvador e realizador do festival “Fogo”, que reúne chefs assadores de todo o Brasil num grande banquete de assados e grelhados. O Bahia Vinho Show já se consolida no calendário de eventos enogastronômicos da capital, aproximando consumidores de produtores e profissionais da área. Como estão os preparativos para a primeira edição em 2019? Já temos datas ou alguma atração confirmada? A programação seguirá incluindo dois eventos ao ano? O Bahia Vinho Show terá a sua quarta edição em junho. Ainda estamos definindo os detalhes, mas a programação vai continuar oferecendo degustação e feira de vinhos, expositores de áreas afins (queijos, pães e azeites) e palestras diárias com especialistas locais e internacionais.
Na sua opinião, o que falta para o soteropolitano beber mais vinhos? Salvador é um mercado em expansão, que tem muito a crescer ainda. Já evoluímos bastante, mas ainda há muito por fazer. Precisamos, por exemplo, combater o preconceito contra os vinhos produzidos no país. Às vezes, os vinhos nacionais deixam de ser considerados na hora da compra, por desconhecimento do consumidor local. Isso é uma pena, uma vez que temos excelentes casas produtoras, inclusive internacionalmente premiadas, tanto no Vale do São Francisco, quanto no Sul do país.
Nos últimos anos, temos assistido o crescimento e surgimento de diversas confrarias de vinho. As pessoas estão tendo mais acesso a rótulos de outras nacionalidades e já pedem vinho para o jantar, ao invés de cerveja, que é a bebida campeã no gosto dos baianos. Nós, agentes culturais, autoridades, empresários e profissionais do turismo, precisamos incentivar esse mercado, com eventos focados na área, informação e, claro, incentivos financeiros para este mercado.