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As temperaturas têm ficado acima dos 30º C, quando a média para dezembro é entre 28º C e 29º C
Gil Santos
Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 16:03
- Atualizado há 10 meses
A costureira Maria Antônia Souza, 53 anos, estava caminhando com dificuldade pela Avenida Sete de Setembro na manhã desta quinta-feira (6). O clima abafado e o calor excessivo deixaram a camisa que ela vestia grudada nas costas de tanto suor e foram necessárias muitas garrafas com água para enfrentar o calor.
“É um mormaço, um calor abafado. Nem a chuva que caiu na semana passada aliviou. Estou evitando sair de casa. À noite não muda nada. A conta de luz está vindo mais cara por conta do ventilador. Sei que o Verão está chegando, mas parece que a cidade está mais quente que o normal”, afirmou.
Dona Maria tem razão. Segundo o Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Salvador está registrando temperaturas acima dos 30º C em dezembro, quando a média esperada era entre 28º C e 29º C na transição entre a Primavera e o Verão.
Pode parecer pouco, mas 1º C faz muita a diferença, isso porque quando o tempo está abafado, a sensação térmica pode ser de 2º C acima do que o termômetro está marcando. A segunda-feira (3) foi o dia mais quente até o momento, com os equipamentos registrando 33º C.
Segundo o Climatempo, a temperatura alcançou os 32º C nesta quinta, mas a sensação térmica foi de 33º C. Na sexta (7), os termômetros da capital devem marcar novamente 32º C. A mínima prevista é de 23º C e deve acontecer no início da manhã.
ChuvaNo interior, as chuvas têm sido intensas desde o dia 25 de novembro. Segundo os meteorologistas do Inema, o mau tempo é consequência da atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que surge na Amazônia e segue do Norte para o Nordeste do país.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que a previsão para sexta (7) e sábado (8) é de céu parcialmente nublado com poucas possibilidades de chuvas e sem risco de alagamentos ou deslizamentos de terra.
O mau tempo deve reaparecer no domingo (9), mas de forma fraca e moderada. A ZCAS voltará a atuar sobre a capital e o Recôncavo e, por isso, existe risco de regiões ficarem alagadas e de ocorreram deslizamentos de terra.