Salvador terá museu etnobotânico para plantas usadas por religiões afro-brasileiras

​​​​​​​Projeto já está pronto e novo espaço vai funcionar dentro do Jardim Botânico

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  • Gil Santos

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 17:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Valter Pontes/Secom

Um museu etnobotânico será construído dentro do Jardim Botânico de Salvador que foi entregue nesta quinta-feira (12). O projeto já está pronto e o espaço terá como objetivo a valorização de plantas da etnia afro presentes na religiosidade brasileira.  

A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, responsável pela coordenação do projeto disse que a implantação acontecerá em breve. O novo Jardim Botânico também foi pensado e elaborado pelo órgão.“O museu etinobotânico é um museu ao ar livre com plantas da etnia afro. Ele vai abrigar todas as plantas que tem valor religioso. Serão vários pontos na mata com essa vegetação, dentro do Jardim. Não deu tempo de implantar junto com a inauguração, mas o projeto já está pronto”, contou. São 61 mil representantes de espécies de diversos biomas (Foto: Bruno Concha/ Secom) A inauguração do novo Jardim Botânico, em São Marcos, aconteceu nessa quinta-feira (12). As obras foram coordenadas pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), e o titular da pasta, Luciano Sandes, contou que teve que começar tudo do zero. O prédio antigo foi demolido e outro foi construído no local.“No momento em que foi feita a visita para pensar o novo Jardim Botânico a gente encontrou uma situação muito aquém da representatividade que essas questões ecológicas e ambientais precisam. Então, para estarmos um pé à frente nessas questões a gente precisava de um Jardim Botânico digno. Foi o que fizemos”, contou.O espaço será administrado pela Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis). O funcionamento acontece das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. A prefeitura estuda a possibilidade de abrir o local também aos sábados, mas, por conta da pandemia, grupos de estudantes e passeios escolares ainda não estão autorizados.

O local tem viveiro de plantas, setor de programas e pesquisas, laboratórios, espaço de coleções vivas, acervo científico, salas administrativas e de curadoria, herbário, auditório, e área semicoberta para atividades diversas com arquibancada. Existe também espaço digital, hall de exposições, trilha, e uma escultura do artista plástico Bel Borba. São 160 mil metros quadrados, sendo 2,2 mil m² de áreas construída, e o investimento foi de R$ 10 milhões.