Santander lança plataforma digital que facilita transferências, ‘vaquinhas’ e divide contas

Até pessoas sem conta em banco podem usar o Superdigital, relançamento da Conta Super

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  • Carol Neves

Publicado em 9 de maio de 2017 às 20:42

- Atualizado há um ano

CEO da Superdigital diz que meta é de 10 milhões de clientes em cinco anos(Foto: Anderson Spada/Divulgação)A ContaSuper do Santander foi relançada nesta terça-feira (9) como Superdigital, mesmo nome da fintech focada em sistema pré-pago adquirida pela empresa bancária no ano passado. Com o app, é possível fazer recarga de telefone, transferir e pedir dinheiro, participar de “vaquinhas” online, rachar contas com grupos, entre outros. O aplicativo já está disponível nas plataformas iOS e Android.

Para ser um usuário Superdigital, é preciso apenas baixar o app e se cadastrar. O cliente pode utilizar o serviço gratuitamente com algumas limitações e há duas opções de assinatura – uma individual, ao custo de R$ 7,90 por mês, e uma familiar, de R$ 11,90. A mensalidade é cobrada somente no mês em que o serviço é utilizado , podendo ser 'congelada' por até três meses, e o cliente recebe um cartão pré-pago Mastercard no plano básico – até três no mais caro. 

O app tem interface simples e é integrado com os contatos que o cliente tem no telefone. O chat embutido, que lembra o WhatsApp, é um dos diferenciais apontados pela empresa – ele permite que pessoas organizem eventos como vaquinhas, rachem contas e peçam dinheiro já com um valor especificado de maneira mais direta.

Para receber ou pedir dinheiro de quem não está usando a plataforma, é possível compartilhar por mensageiros, como WhatsApp ou Messenger, e quem receber a notificação poderá fazer uma transferência normal para a conta do usuário do Superdigital, como uma transação para uma conta bancária.App tem interface simples e chat incorporado (Foto: Reprodução)Para o CEO da Superdigital, Ezequiel Archipretre, o aplicativo é um caminho para mudar como as pessoas se relacionam com dinheiro usando a tecnologia, tentando descomplicar um mundo que ainda é muito burocrático. Ele compara a nova conta ao modelo do Spotify, serviço de streaming de música. “A gente tem, por um lado, a forma que chamamos de ‘experimenta’. Todos podem baixar, experimentar, ter acesso a algumas utilidades, fazendo pagamentos até R$ 200. A partir daí, o cliente pode escolher uma das duas assinaturas pagas. Uma é a que chamamos de individual, para uma pessoa, e temos uma assinatura familiar, que pode incorporar outras pessoas, que podem ter diferentes cartões”, explica.

A Superdigital já parte com 1 milhão de clientes, herdados da ContaSuper, e tem ambição de chegar a 10 milhões no país nos próximos 5 anos. O foco são pessoas na faixa de 25 a 35 anos. “A ContaSuper era um ecossistema mais fechado. Aqui, estamos totalmente integrados ao sistema bancário. Essa integração e a interface amigável são também diferenciais. Não somos mais fechados, qualquer pessoa pode ser um usuário Superdigital, independente do banco em que tenha conta, ou mesmo sem ter conta bancária”, acrescenta. Parcerias com operadoras para que o uso de dados não seja descontado da franquia ao navegar no aplicativo estão sendo estudadas.

No momento, a Superdigital não oferece crédito e nem trabalha com carteira de investimentos. Archipretre afirma que evoluções virão no futuro, mas sempre tendo em conta que que “não queremos transformar a Superdigital em um banco”, diz.

A plataforma teve desenvolvimento iniciado no ano passado e a Superdigital reuniu uma equipe de influenciadores digitais para ajudar a discutir as melhores formas de integrar o uso do sistema bancário ao cotidiano atual, hiperconectado e sempre online. A partir das sugestões, mudanças foram incorporadas. "Foi uma forma totalmente não tradicional, diferente, de construir um produto financeiro", diz Archipretre. "Queremos melhorar a maneira que as pessoas trocam dinheiro umas com as outras".

* A jornalista viajou a convite do Grupo Santander